São Paulo, Quinta-feira, 08 de Abril de 1999
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SÃO PAULO
Deputados tucanos e petistas disputam postos-chave da comissão
Assembléia instala CPI para investigar Telefônica

da Reportagem Local


A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou ontem a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investigará os serviços da Telefônica, empresa espanhola que controla a telefonia fixa do Estado.
A CPI tem poderes para convocar envolvidos a depor, quebrar sigilos e requerer documentos em 90 dias de apuração. Deve encaminhar suas conclusões para o Ministério Público e à Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), pedindo eventuais providências.
O próximo passo é a indicação de representantes. Tucanos e petistas reivindicam os principais postos da CPI: a presidência e a relatoria.
Pela tradição da Casa, a presidência é dada ao autor do pedido. O deputado Campos Machado (PTB), que propôs a CPI, informou que vai abrir mão do posto.
O nome mais cotado no PSDB para ocupar a presidência ou a relatoria é o do deputado Edson Aparecido. No PT, os nomes mais falados são os de Jilmar Tatto e Paulo Teixeira.
"O PSDB é o maior partido da Casa e vai reivindicar os postos-chave", disse o tucano Walter Feldman, líder do governo Mário Covas. "A presidência e a relatoria são cargos importantes, e a gente não acha correto que sejam ocupados por governistas, que conduziram o processo de privatização", afirmou Elói Pietá, líder do PT.
A CPI deve convocar para depor diretores da Telefônica, o presidente da Anatel, Renato Guerreiro, além de consumidores que tiveram problemas nos últimos meses. Deve examinar o contrato da privatização da antiga Telesp.
A Telefônica divulgou ontem uma nota informando que "colaborará plenamente com as autoridades, no sentido de prestar informações que contribuam para a melhoria do serviço de telefonia à população paulista".
A Anatel apresenta hoje o resultado da auditoria que realizou em fevereiro na Telefônica. A punição pode chegar a R$ 40 milhões.


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