São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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Encontro é visto como chance para negócios

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com poucas representações em países árabes, os sul-americanos vêem a Cúpula América do Sul-Países Árabes, uma das principais apostas da chamada diplomacia sul-sul de Luiz Inácio Lula da Silva, como oportunidade de fazer negócio e iniciar contato político.
De acordo com a embaixada da Colômbia, o encontro será uma oportunidade para o país apresentar aos países árabes o Plano de Segurança Democrática e de Combate ao Narcotráfico.
Como vários países árabes também enfrentam problemas de segurança por causa de conflitos internos e com países vizinhos, o governo colombiano espera atrair ajuda financeira e outras formas de cooperação para seis programas. Os EUA são os principais colaboradores do Plano Colômbia, de combate ao narcotráfico.
Além de parcerias para exploração de gás e para a irrigação do deserto, a Bolívia quer apoio dos árabes para reforçar "o princípio da não-aquisição de territórios por uso da força", o que deverá constar da "Declaração de Brasília", que os países deverão assinar.
Membros da Organização dos Países Islâmicos, devido a suas expressivas populações muçulmanas, a Guiana e o Suriname já possuem relações políticas mais estreitas com o mundo árabe, mas querem aumentar o comércio.
Exportador de petróleo, mas importador de seus derivados, o Equador quer a tecnologia dos árabes para substituir as importações e desenvolver a indústria do petróleo, e espera atrair investimentos para a modernização de portos e construção de ferrovias.
Com estreitas relações com a Palestina, devido à forte imigração dessa região no país, uma das vantagens da cúpula para o Chile será a visita que o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, fará ao país nesta quinta.
Segundo o Itamaraty, o fluxo de comércio entre os países sul-americanos e árabes é de cerca de US$ 10 bilhões por ano. Cerca de US$ 8 bi ocorre com o Brasil, que exporta cerca de US$ 4 bi por ano para a região e importa o equivalente.
Segundo o chefe do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty, Mário Vilalva, a Petrobras e a Odebrecht estão interessadas em investir naquela região. "Até dezembro, a companhia aérea Emirates vai inaugurar o primeiro vôo diário São Paulo-Dubai", disse. (CD)


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