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Encontro é visto como chance para negócios
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com poucas representações em
países árabes, os sul-americanos
vêem a Cúpula América do Sul-Países Árabes, uma das principais
apostas da chamada diplomacia
sul-sul de Luiz Inácio Lula da Silva, como oportunidade de fazer
negócio e iniciar contato político.
De acordo com a embaixada da
Colômbia, o encontro será uma
oportunidade para o país apresentar aos países árabes o Plano
de Segurança Democrática e de
Combate ao Narcotráfico.
Como vários países árabes também enfrentam problemas de segurança por causa de conflitos internos e com países vizinhos, o
governo colombiano espera atrair
ajuda financeira e outras formas
de cooperação para seis programas. Os EUA são os principais colaboradores do Plano Colômbia,
de combate ao narcotráfico.
Além de parcerias para exploração de gás e para a irrigação do
deserto, a Bolívia quer apoio dos
árabes para reforçar "o princípio
da não-aquisição de territórios
por uso da força", o que deverá
constar da "Declaração de Brasília", que os países deverão assinar.
Membros da Organização dos
Países Islâmicos, devido a suas expressivas populações muçulmanas, a Guiana e o Suriname já possuem relações políticas mais estreitas com o mundo árabe, mas
querem aumentar o comércio.
Exportador de petróleo, mas
importador de seus derivados, o
Equador quer a tecnologia dos
árabes para substituir as importações e desenvolver a indústria do
petróleo, e espera atrair investimentos para a modernização de
portos e construção de ferrovias.
Com estreitas relações com a
Palestina, devido à forte imigração dessa região no país, uma das
vantagens da cúpula para o Chile
será a visita que o presidente da
Autoridade Palestina, Mahmoud
Abbas, fará ao país nesta quinta.
Segundo o Itamaraty, o fluxo de
comércio entre os países sul-americanos e árabes é de cerca de US$
10 bilhões por ano. Cerca de US$ 8
bi ocorre com o Brasil, que exporta cerca de US$ 4 bi por ano para a
região e importa o equivalente.
Segundo o chefe do Departamento de Promoção Comercial
do Itamaraty, Mário Vilalva, a Petrobras e a Odebrecht estão interessadas em investir naquela região. "Até dezembro, a companhia aérea Emirates vai inaugurar
o primeiro vôo diário São Paulo-Dubai", disse.
(CD)
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