DO FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA
FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

A Polícia Militar de Teodoro Sampaio (672 km a oeste de São Paulo) reforçou ontem a segurança do juiz Atis de Araújo Oliveira e do fórum da cidade, localizada no Pontal do Paranapanema, foco do conflito fundiário doEstado.
O magistrado, criticado por lideranças regionais do MST de "criminalizar" e "perseguir" a organização, pediu a proteção ao Tribunal de Justiça (TJ) alegando ter sido ameaçado de morte.
Segundo a comandante da PM na cidade, Cláudia Barbosa Pereira, "rondas serão intensificadas" nas proximidades do fórum e da casa do juiz, que terá proteção em seus deslocamentos pela cidade.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo, que recebeu o pedido do TJ para escolta, Oliveira teria recebido uma carta anônima ameaçadora que cobrava a liberdade do líder do MST José Rainha Jr., preso há 28 dias em Presidente Venceslau.
Acusado de furto e formação de quadrilha durante invasão de uma fazenda em junho de 2000, Rainha teve a prisão decretada no dia 11 de julho por Oliveira após uma audiência no fórum da cidade. Dezenove dias depois, o mesmo juiz o condenou a dois anos e oito meses de detenção por porte ilegal de arma.
O dirigente estadual do MST, Gilmar Mauro, afirmou ontem que a ameaça não partiu do movimento. "Não foi do MST, pois nós repudiamos essa prática e, de forma alguma, orientamos os companheiros a agirem dessa forma." O Superior Tribunal de Justiça deferiu pedido de liminar concedendo habeas corpus a Sérgio Pantaleão, líder do MST no Pontal do Paranapanema, revogando pedido de prisão decretada pelo juiz.


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