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Jornalista deixa
mulher, filhos
netos e bisnetos
DA SUCURSAL DO RIO
Roberto Marinho deixa a
viúva, Lily de Carvalho Marinho, três filhos, onze netos
e cinco bisnetos.
Ele se casou pela primeira
vez aos 42 anos, em 1946,
com Stella de Campos Goulart, morta em Nice, na França, em 1995, vítima de derrame sofrido após um assalto.
O casal teve quatro filhos:
Roberto Irineu, Paulo Roberto (morto em 1970 num
acidente de automóvel),
João Roberto e José Roberto.
Em 1971, com 67 anos, separou-se de Stella e se casou
com Ruth Albuquerque, ligação que durou até 1989.
Em setembro de 1991, com
87 anos, Roberto Marinho se
casou pela terceira vez, agora
com Lily Monique de Carvalho, 16 anos mais nova, miss
França de 1938 e uma paixão
da juventude.
Lily veio para o Brasil em
1939 e se casou com Horácio
de Carvalho, dono do "Diário Carioca". Após a morte
do marido, manteve forte
amizade com Marinho, com
quem acabou se casando.
Roberto Marinho começou a colecionar obras de arte na década de 30. Ao longo
da vida reuniu um elogiado
acervo de mais de 700 peças,
com nomes representativos
da arte brasileira e artistas
estrangeiros consagrados.
Academia
Apesar de nunca ter escrito
nenhum livro, em 93 Marinho foi eleito membro da
Academia Brasileira de Letras. Um ano antes, lançara a
coletânea de artigos "Uma
Trajetória Liberal".
Os funcionários mais antigos das Organizações Globo
costumavam se referir a Roberto Marinho como
"Deus". Diziam que ele não
admitia a idéia da morte e a
Marinho atribuíam uma frase que ficou famosa entre
jornalistas: "Se um dia eu
vier a faltar..."
Durante décadas, Roberto
Marinho -que sempre gostou de esportes de risco como boxe, corrida de carros,
caça submarina e hipismo-
manteve uma rotina rigorosa de trabalho. Acordava às
6h e às 9h estava no "Globo".
Depois da inauguração da
TV, ele passou a ir às tardes
para a sede da emissora.
Marinho não era de muita
badalação noturna. Preferia
ficar na casa do Cosme Velho (zona sul), onde recebia
amigos e personalidades para jantares. A propriedade,
cortada pelo rio Carioca,
tem amplo jardim com esculturas do próprio Marinho e de artistas famosos,
como Bruno Giorgio. Nos
jardins convivem araras,
macacos e flamingos.
Os fins de semana geralmente eram passados em
uma casa de 13 suítes erguida numa praia particular de
Angra dos Reis, no litoral
fluminense.
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