DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na semana passada, a reportagem ligou de terça-feira à sexta para o deputado João Magno (PT-MG). Na quarta, a assessoria confirmou o recebimento da doação não contabilizada da Usiminas. Na sexta, no entanto, assessoria não estava tão firme. Não sabia dizer direito se eram R$ 200 mil ou R$ 250 mil o dinheiro recebido da siderúrgica. Nem mesmo se o dinheiro teria vindo realmente da Usiminas. A assessoria informou que o deputado só falaria depois de reunir material suficiente para se defender.
Já a Usiminas alega que está em dia com suas obrigações com a Receita Federal, mas não comenta as afirmações dos políticos de doações para campanha eleitoral.
A assessoria de imprensa das empresas Telemig Celular e Amazônia Celular informou à Folha que muitos pagamentos à DNA Propaganda e à SMPB Comunicação não foram comunicados à Receita Federal por falha das duas agências de publicidade.
As empresas de Marcos Valério prestam serviço às duas operadoras de telefonia celular.
Normalmente, quando uma empresa paga a um prestador de serviço, tem de reter o Imposto de Renda na fonte e informar os gastos à Receita. No entanto, há uma exceção para as agências de publicidade. As empresas que as contratam não precisam reter o IR automaticamente na fonte. Pagam o valor integral às agências, que por sua vez têm de repassar o IR devido à Receita e, depois, informar às empresas pagadoras o valor do imposto retido.
Segundo a assessoria de Telemig e Amazônia Celular, DNA e SMPB não informaram às duas teles o valor do IR retido. Por isso não teriam comunicado à Receita os valores pagos às agências de propaganda.

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