DA REPORTAGEM LOCAL

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que o fato do PT ter culpado, em parte, a imprensa e a "direita" pelo escândalo do mensalão é uma forma do partido não assumir a responsabilidade pelos problemas envolvendo a legenda. "Não assume erro, não assume responsabilidade e transfere para terceiros. Em resumo é isso", afirmou o governador. "E o governo que andava devagarinho, sumiu", ironizou.
Alckmin, no entanto, preferiu não comentar a decisão do ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, que anunciou afastamento do partido no último sábado. "É um assunto interno do partido. Cabe ao PT justificar. O importante é que a investigação continue de forma profunda", disse. O ex-tesoureiro é suspeito de envolvimento no esquema do mensalão.
O prefeito José Serra (PSDB) seguiu a mesma linha. "Não costumo dar palpite. Sapo de fora não chia", afirmou o prefeito, que evitou fazer comentários sobre questões nacionais. "Hoje eu vou pedir licença para descansar do PT."
Os dois aliados políticos participaram, ontem, de um evento de remoção de famílias que vivem numa favela no Parque Novo Mundo (zona leste de São Paulo) e serão levadas para um conjunto da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) na Vila Curuçá (zona leste). O evento também contou com presença do senador Romeu Tuma (PFL-SP).
O anúncio foi feito dentro de uma escola de latinha, ao som da canção "Verde e Amarelo", de Roberto Carlos, e num ambiente cheio de balões com as cores da bandeira do Brasil. A assessoria de imprensa do governo do Estado afirmou que não houve razão especial para a escolha da música e das cores dos balões, que, segundo a assessoria, foram usados para divertir as crianças.

Texto Anterior: Trechos
Próximo Texto: Delúbio emprestou R$ 9.690 para João Paulo em 2001, segundo a CPI
Índice