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MATO GROSSO DO SUL
Zeca do PT e candidata do PSDB disputam o apoio de 3º colocado
FABIANO MAISONNAVE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Com a definição do segundo
turno nas eleições em Mato Grosso do Sul, o governador José Orcírio dos Santos -o Zeca do PT-
e Marisa Serrano (PSDB) lutam
para conseguir o apoio do terceiro
colocado no Estado, o vice-governador Moacir Kohl (PDT), rompido politicamente com o petista
em junho.
No primeiro turno, Zeca obteve
48,33% dos votos válidos, seguido
de Serrano, com 42,41%. Kohl obteve 5,25% e os outros três candidatos somaram 4,01%.
Acordo
O PT e os partidos da Frente
Trabalhista no Estado (PPS e
PDT), que se coligaram no Estado
em 98, haviam feito um acordo
em que a frente lançaria um senador e apoiaria informalmente a
reeleição de Zeca do PT.
A poucos dias do prazo final para registro das candidaturas, no
entanto, o PT decidiu lançar dois
candidatos ao Senado, provocando o rompimento com a Frente
Trabalhista, que lançou Kohl para
concorrer ao governo.
A avaliação é que, se Zeca tivesse mantido a aliança com a Frente
Trabalhista, ele teria vencido no
primeiro turno.
"O resultado mostrou ao PT
que não se ganha eleição sozinho", afirmou Kohl à Agência Folha, depois da confirmação do segundo turno.
Segundo ele, os dois partidos
devem decidir hoje à tarde qual
dos candidatos apoiarão.
Ontem, Zeca e Serrano anunciaram que já iniciaram as negociações com a Frente Trabalhista.
Em entrevista coletiva, o petista
disse que espera o apoio da Frente
Trabalhista e do PSB no Estado
em razão do cenário nacional.
"Deu sorte"
"A gente deu sorte. O que poderia atrapalhar, por exemplo, era o
Rio de Janeiro, se tivesse um segundo turno entre a Rosinha e a
Benedita. E felizmente acabou",
disse Zeca na entrevista coletiva.
Durante a campanha, Kohl foi
um dos candidatos que mais atacaram o governo petista.
No debate da semana passada
promovido pela Rede Globo, o
pedetista disse que Zeca fazia uma
campanha "acintosa", em alusão
aos gastos, e disse que o Estado estava quebrado.
O governador respondeu que
desconhecia "esse seu lado nefasto de falar sem provas" e que sua
campanha era financiada por
"amigos empresários".
Ontem, Zeca do PT afirmou que
as críticas eram "rusgas de campanha" e lembrou que o PDT, o
PPS e o PSB ainda mantêm cargos
em seu governo.
O PPS, por exemplo, controla a
Secretaria de Saúde.
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