DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Reeleito já no primeiro turno para a Prefeitura do Rio, o prefeito Cesar Maia (PFL) vai atuar como cabo eleitoral do partido no segundo turno das eleições municipais. Uma das viagens já marcadas é para São Paulo, onde vai apoiar o candidato José Serra (PSDB), que tem como vice Gilberto Kassab (PFL).
Além de alavancar outras candidaturas, o sucesso eleitoral de Maia está sendo usado pela cúpula do PFL na tentativa de reaglutinar o partido nacionalmente. Ele já está sendo lançado inclusive para a Presidência da República em 2006, ao lado do ex-vice-presidente Marco Maciel (PFL-PE).
O presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), ligou anteontem para o candidato em Salvador (BA), César Borges (PFL), oferecendo o apoio de Maia e da Executiva Nacional, o que não foi fechado ainda.
O PFL está rachado entre Bornhausen e ACM. O presidente do partido chegou a abrir um processo de expulsão contra o senador baiano pela aproximação deste com o presidente Lula. Por enquanto esse processo está parado.
Maia estará em São Paulo entre os dias 19 e 21. Além da capital ele vai a São José do Rio Preto, Sorocaba e Campinas. No dia 22, ajudará o candidato do PFL em Fortaleza (CE), Moroni Torgan.
Maia disse que o partido vai "em coletivo" mostrar o apoio às candidaturas da legenda. "O PFL não quer transferir votos. Quer mostrar que está presente apoiando nossas candidaturas", afirmou ontem após se encontrar com o presidente Lula no Planalto.
"Lá [Rio] todo mundo diz que sou frio, anódino, não tenho carisma nenhum. É governo de resultados", disse ao falar sobre o uso de sua imagem pelo Brasil.
Após o encontro de cerca de 45 minutos com Lula, Maia foi indagado sobre a cadeira presidencial: "A reunião foi tão boa, me senti tão em casa, que senti que ele estava muito bem ali no lugar dele".
Ao ser questionado sobre eventual participação no programa de Serra, com quem já andou às turras, o prefeito declarou que grava, "se ele [Serra] pedir". Segundo Cesar Maia, o presidente elogiou sua vitória e disse que, nestas eleições, o povo está optando pela "boa gestão". (FERNANDA KRAKOVICS E JULIA DUAILIBI)


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