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Toda Mídia
Nelson de Sá
Aos montes
Falando até em "segunda onda", as manchetes dos
sites financeiros atiraram a esmo para tentar explicar
a queda nas bolsas. O "Wall Street Journal" começou
com petróleo, perdas "em massa" da GM e o dólar que
"derrete", fechando em "preocupação sobre crédito".
"Um monte de notícia negativa", resumiu investidor.
O petróleo que "testa o patamar psicológico dos US$
100" suscitou análise de que, mais do que as bolsas
emergentes, ele vive "bolha", no Market Watch. Mas
também que vai bater em US$ 118 em 2008, no "FT".
O dólar, com o francês Nicholas Sarkozy cobrando
valorização e ameaçando até "guerra econômica", em
pleno Congresso dos EUA, desabou depois de líder
chinês defender que suas reservas priorizem o euro.
BÓIA SOBERANA
Questionados pelos "países
ricos" em cúpula recente, os
fundos soberanos -em geral
de países emergentes- foram
a "bóia" e "mitigaram efeitos
da crise de crédito", destacou
reportagem do "WSJ". Agora
não só o Brasil, mas o Japão
fala em estabelecer o seu.
QUEM TEM DINHEIRO
A ação da PF nos bancos
suíços correu mundo, com o
"FT" dizendo ser "nova prova
da vontade do Brasil de parar
o crime do colarinho branco".
Mas um dos executivos, diz o
"Estado de S. Paulo", gabou-se de que "quem tem dinheiro
neste país não fica preso".
PETROBRAS NÃO QUER
"Petrobras fala em grandes investimentos", saudou o "La Razón", e "aceita as novas regras", noticiou a Agência Boliviana de Informação. Lula veio depois e sublinhou que a Petrobras "tem que saber que é subordinada a seu acionista majoritário, que é o governo", na Folha Online. Já o presidente da estatal avisou que não deve ampliar o gasoduto e só vai investir em novas áreas. "Todo campo atinge pico e declina", disse à Reuters, do gás da Bolívia.
Ao fundo, agências sul-americanas trombetearam que a Câmara adiou a decisão sobre a Venezuela no Mercosul.
INFLAÇÃO DE COMIDA
Na manchete do site da "Gazeta Mercantil", ontem, "Alimentos pressionam a
inflação", sobre frutas, feijão, batata e o IPCA divulgado.
E no "FT", também ontem, o relatório da FAO, da ONU, prevendo maior alta de preço global -e "menos consumo" pelos países mais pobres.
ONU E O ETANOL
O secretário-geral da ONU abriu a turnê sul-americana com entrevistas às agências. No relato da Reuters, elogiou os biocombustíveis do Brasil pelo efeito no aquecimento global e depois mencionou as "preocupações de segurança alimentar". Na cubana Prensa Latina, o tom foi oposto.
ABAIXO DO RIO GRANDE
O Globo Online reproduziu entrevista de Hillary Clinton ao "Nashua Telegraph", de New Hampshire. Em curta resposta sobre a região, criticou Hugo Chávez e comparou com os "ótimos trabalhos" de Brasil e Chile. O primeiro "é exemplo de pioneirismo, de país auto-suficiente que tira da cana seu etanol. Podemos aprender".
Prometeu não "ditar o que a América Latina vai fazer". Mas José Luiz Fiori, da UFRJ, foi checar os programas de governo e, diz, a "estratégia imperial se mantém de pé".
REVOLUÇÃO, 90
"Comunistas de todo o mundo comemoram", bradou o site Vermelho, do PC do B. No cubano "Granma", "Lênin" de manchete -e a opinião de que o mundo vive "o começo do começo do triunfo do socialismo", com os "processos revolucionários cada vez mais radicais" na Venezuela etc. E com "os processos reformistas no Brasil, Argentina".
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@ - Nelson de Sá
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