São Paulo, sábado, 08 de novembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

íntegra

"Não houve quebra sem autorização"

"Em relação à matéria "Sem ordem judicial, PF quebra sigilo telefônico", publicada no jornal Folha de S.Paulo (07/ 11/ 2008), a Polícia Federal esclarece que não houve, em nenhuma hipótese, quebra de sigilo telefônico sem autorização judicial.
Na realidade, a PF solicitou à Nextel que informasse a mera localização das torres de retransmissão dessa empresa -ERBs (Estação Rádio-Base)- situadas próximas à Superintendência da Polícia Federal em SP e de alguns dos principais endereços objeto de busca. Em nenhum momento foi requisitado, a qualquer empresa telefônica, dado que exija autorização judicial para tanto. Inicialmente, a Nextel respondeu negativamente, entendendo que se tratava de pedido de números telefônicos. Mas, esclarecido à empresa que se tratava de mera informação de localização de antena, não protegida por sigilo telefônico, os dados foram fornecidos à autoridade policial no exercício da presidência do inquérito.
A relação de telefones constante no inquérito policial trata de identificação dos aparelhos alugados para a execução da Operação Satiagraha, feita pela diretoria responsável pelo aluguel e repassada ao presidente do referido inquérito. E sequer destes telefones houve a identificação de chamadas efetuadas e recebidas.
Também não procede a afirmativa da matéria de que tais números de telefones serviram de base para solicitar as ordens de busca e apreensão nos endereços dos investigados no inquérito que apura o vazamento de informações sigilosas da Operação Satiagraha. Isto porque, na representação pelas buscas, não houve qualquer menção ou citação desses dados.
Está também equivocada a informação de que o delegado federal Amaro Vieira Ferreira trabalha na Delegacia Fazendária em São Paulo, já que sua lotação é na Corregedoria Geral de Polícia em Brasília. A Polícia Federal não investiga jornalistas no referido inquérito policial, pois respeita a norma constitucional que garante o sigilo de fonte desses profissionais. A investigação visa à apuração de vazamentos de dados sigilosos da Operação Satiagraha. Também não existe ilegalidade nos pedidos formulados ao Detran e ao Departamento de Operações do Sistema Viário (DSV), quanto à solicitação de multas, pois referidos órgãos, quando necessário, devem prestar informações aos órgãos policiais no interesse de investigações e para a garantia da segurança pública."


Texto Anterior: Sem resposta
Próximo Texto: Mendes critica uso de métodos ilegais pela PF
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.