São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2004

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Sob escolta, refém pediu ação federal

DA AGÊNCIA FOLHA

O padre Ronildo Pinto França, 35, que era mantido refém desde terça-feira por um grupo de índios na região do Contão, na reserva Raposa/Serra do Sol, pediu as autoridades federais que agilizem as negociações em torno da homologação da área.
França foi libertado na noite de ontem com outros dois reféns (o padre colombiano Cézar Avellaneda, 40, e o missionário espanhol Juan Carlos Martinez, 36). Ainda preso, ele falou à Agência Folha por telefone, na presença dos índios que o mantinham refém, e negou ter sofrido agressão. "Até agora, não apanhamos e não fomos maltratados." Na terça, o Conselho Indígena de Roraima divulgou nota afirmando que os reféns foram "espancados".
 

Agência Folha - O sr. e outros reféns sofreram alguma violência?
Ronildo França
- Até agora, não apanhamos nem fomos maltratados. Nunca imaginei passar por uma situação dessa. A situação é muito tensa e pode se agravar se as autoridades não tomarem medidas para resolver o impasse.

Agência Folha - O que o sr. espera que seja feito?
França
- A única saída para uma solução que poupe nossas vidas é a vinda do ministro da Justiça [Márcio Thomaz Bastos]. Até agora, não sentimos por parte das autoridades um real interesse na solução. A PF veio duas vezes até aqui, conversou com as lideranças e partiu. Peço para que as autoridades federais solucionem nosso caso. Tomem uma providência, o quanto antes, para que vidas possam ser poupadas. As negociações estão muito lentas.

Agência Folha - Como foi o sequestro?
França
- Quando estávamos na aldeia do Surumu fomos informados pelos índios que não poderíamos deixar o local e que seríamos transferidos para a região do Contão, onde estamos.


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