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Sob escolta, refém pediu ação federal
DA AGÊNCIA FOLHA
O padre Ronildo Pinto França,
35, que era mantido refém desde
terça-feira por um grupo de índios na região do Contão, na reserva Raposa/Serra do Sol, pediu
as autoridades federais que agilizem as negociações em torno da
homologação da área.
França foi libertado na noite de
ontem com outros dois reféns (o
padre colombiano Cézar Avellaneda, 40, e o missionário espanhol Juan Carlos Martinez, 36).
Ainda preso, ele falou à Agência
Folha por telefone, na presença
dos índios que o mantinham refém, e negou ter sofrido agressão.
"Até agora, não apanhamos e não
fomos maltratados." Na terça, o
Conselho Indígena de Roraima
divulgou nota afirmando que os
reféns foram "espancados".
Agência Folha - O sr. e outros reféns sofreram alguma violência?
Ronildo França - Até agora, não
apanhamos nem fomos maltratados. Nunca imaginei passar por
uma situação dessa. A situação é
muito tensa e pode se agravar se
as autoridades não tomarem medidas para resolver o impasse.
Agência Folha - O que o sr. espera
que seja feito?
França - A única saída para uma
solução que poupe nossas vidas é
a vinda do ministro da Justiça
[Márcio Thomaz Bastos]. Até
agora, não sentimos por parte das
autoridades um real interesse na
solução. A PF veio duas vezes até
aqui, conversou com as lideranças e partiu. Peço para que as autoridades federais solucionem
nosso caso. Tomem uma providência, o quanto antes, para que
vidas possam ser poupadas. As
negociações estão muito lentas.
Agência Folha - Como foi o sequestro?
França - Quando estávamos na
aldeia do Surumu fomos informados pelos índios que não poderíamos deixar o local e que seríamos transferidos para a região do
Contão, onde estamos.
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