CLÁUDIA TREVISAN
da Reportagem Local

O governo federal já antecipou US$ 2,83 bilhões em receitas de privatização para Estados desde 1997. É uma forma de empréstimo, que deve ser pago com os recursos obtidos na venda de estatais.
Ao todo, foram 16 operações, que beneficiaram 15 Estados.
São Paulo recebeu o maior volume de recursos, US$ 813,2 milhões. Minas Gerais aparece em segundo lugar, com US$ 433,2 milhões.
Quase todas as antecipações de receitas realizadas até agora estavam vinculadas à privatização de estatais de energia elétrica.
No caso de Minas, os recursos foram dados em troca da venda de 33% do capital da Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais), cujo controle continua nas mãos do Estado.
˛ Retorno
A União já recebeu de volta US$ 2,28 bilhões dos US$ 2,83 bilhões que havia antecipado.
O valor restante foi emprestado a quatro Estados que ainda não realizaram as privatizações previstas nas operações de antecipação de receita: Paraná, Piauí, Rondônia e Espírito Santo.
O Paraná recebeu US$ 401,8 milhões pela venda de parte da estatal de eletricidade Copel, prevista para este ano.
Os outros três Estados adiaram privatizações que estavam programadas para o ano passado. Rondônia recebeu US$ 12,5 milhões, Piauí, US$ 20 milhões, e Espírito Santo, US$ 115 milhões.
O Rio Grande do Sul aparece em quarto lugar no ranking dos Estados que mais emprestaram recursos. Recebeu US$ 250 milhões em razão da privatização da estatal de distribuição de energia e US$ 150 milhões pela venda da companhia telefônica CRT.
Os outros beneficiados são: Rio de Janeiro, Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Sergipe, Rio Grande do Norte, Goiás e Pará.



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