da Agência Folha, em Porto Alegre

O governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra (PT), adotou uma estratégia contrária à de seu colega Itamar Franco (PMDB-MG) em relação ao pagamento das dívidas estaduais com a União e está colhendo seu primeiros frutos: ao mostrar transigência, conseguiu espaço de manobra para negociar com o governo federal.
O secretário da Fazenda, Arno Augustin, vai se reunir segunda-feira, às 17h30, com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Pedro Parente.
"Eu estou empenhado em defender o pacto federativo, que está rompido pela política que está sendo executada", disse Olívio.
O porta-voz da Presidência da República, Sergio Amaral, deu ontem, pouco antes de ser confirmada a reunião, um dos primeiros sinais de que Olívio está atingindo o objetivo de evitar a pecha da intransigência. "Eu acho que é uma posição muito mais sensata, é preciso conversar e dialogar.".
Em clima de contenção, Olívio vetou o reajuste salarial de 10% para as cúpulas do Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado. Também "congelou" seu salário e o dos seus secretários.
(LÉO GERCHMANN e CARLOS ALBERTO DE SOUZA)


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