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Líderes e ministros do PMDB tentam "apagar incêndio"
da Sucursal de Brasília
O presidente nacional do PMDB,
senador Jader Barbalho (PA), e os
ministros do partido decidiram
atuar como bombeiros na crise entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de
Minas Gerais, Itamar Franco.
Segundo Jader, o PMDB defende
que os dois "retomem o diálogo e
busquem uma solução técnica para o problema de Minas". Ele iria
telefonar para Itamar ontem e para
FHC hoje, propondo um encontro
entre eles o mais rápido possível.
"A solução é um diálogo político."
"Minas deve apresentar seus números, mostrando que não pode
pagar a dívida. E o governo federal
deve buscar uma solução, como
fez em relação a São Paulo, em novembro do ano passado, quando
foi concedida moratória de um
ano a uma parcela da dívida daquele Estado", disse Jader.
Jader se referiu a um dispositivo
incluído na 31ª edição da medida
provisória que tratava de bancos
estaduais (nº 1.720). O dispositivo
prorrogou por um ano o vencimento de parte de dívida estadual
que expirava em 30 de novembro
de 1998, beneficiando São Paulo e
outros Estados. "Se foi possível para São Paulo, por que não para Minas?", perguntou o senador.
Para ele, Itamar "cometeu um
equívoco" ao declarar moratória,
mas pode recuar e concordar com
uma negociação com FHC.
²
Em Minas
Itamar passou o dia ontem fechado em seu gabinete, em despachos
internos, sem comentar a repercussão que a decisão de moratória
está tendo nos mercados nacionais
e internacionais.
Anteontem, em entrevista à
Agência Folha, ele disse que só voltaria a falar publicamente sobre o
assunto no Senado. Ele não comentou o veto de ACM nem as declarações de FHC.
²
Colaborou a Agência
Folha
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