São Paulo, sábado, 9 de janeiro de 1999

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Líderes e ministros do PMDB tentam "apagar incêndio"

da Sucursal de Brasília

O presidente nacional do PMDB, senador Jader Barbalho (PA), e os ministros do partido decidiram atuar como bombeiros na crise entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas Gerais, Itamar Franco.
Segundo Jader, o PMDB defende que os dois "retomem o diálogo e busquem uma solução técnica para o problema de Minas". Ele iria telefonar para Itamar ontem e para FHC hoje, propondo um encontro entre eles o mais rápido possível. "A solução é um diálogo político."
"Minas deve apresentar seus números, mostrando que não pode pagar a dívida. E o governo federal deve buscar uma solução, como fez em relação a São Paulo, em novembro do ano passado, quando foi concedida moratória de um ano a uma parcela da dívida daquele Estado", disse Jader.
Jader se referiu a um dispositivo incluído na 31ª edição da medida provisória que tratava de bancos estaduais (nº 1.720). O dispositivo prorrogou por um ano o vencimento de parte de dívida estadual que expirava em 30 de novembro de 1998, beneficiando São Paulo e outros Estados. "Se foi possível para São Paulo, por que não para Minas?", perguntou o senador.
Para ele, Itamar "cometeu um equívoco" ao declarar moratória, mas pode recuar e concordar com uma negociação com FHC.
² Em Minas
Itamar passou o dia ontem fechado em seu gabinete, em despachos internos, sem comentar a repercussão que a decisão de moratória está tendo nos mercados nacionais e internacionais.
Anteontem, em entrevista à Agência Folha, ele disse que só voltaria a falar publicamente sobre o assunto no Senado. Ele não comentou o veto de ACM nem as declarações de FHC.
²


Colaborou a Agência Folha



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