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Foco
Palácio do Planalto vive escassez de seguranças e tem até de fechar portaria
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto São Paulo se arma com um megaesquema de
segurança por conta da visita
de George W. Bush, a Presidência da República vive situação inversa. No Palácio do
Planalto, alguns acessos ao
prédio estão fechados pela falta de seguranças.
Nos últimos meses, pelo
menos 40 seguranças deixaram seus cargos, enquanto outros tiveram pedidos de saída
negados pelo governo.
Vindos da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros do
Distrito Federal, eles chegaram à Presidência atraídos pelas gratificações oferecidas a
profissionais cedidos pela corporação ao governo.
O aumento nos salários, porém, não tem compensado a
carga horária. No Planalto, a
carga semanal atinge uma média de 72 horas, contra 48 horas na PM.
Procurado pela reportagem,
o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência admite a falta de seguranças e
disse que, em até 40 dias, o
quadro estará novamente
preenchido. Integrantes das
Forças Armadas estão sendo
treinados para a função.
A Folha conversou com alguns seguranças do Planalto.
Todos, sob a condição de não
terem seus nomes divulgados,
reclamaram da carga horária e
do valor das gratificações
-um policial cedido ao Planalto recebe aditivo mensal
entre R$ 294 e R$ 470. O intervalo máximo de cada folga
é de 24 horas, contra casos de
36 horas e 72 horas como
bombeiros e policiais.
(EDUARDO SCOLESE E PEDRO DIAS LEITE)
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