DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Justiça divulgou nota no domingo, por meio do Departamento de Recuperação de Ativos, negando que tenha recebido informação das autoridades da China sobre uma conta movimentada por Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em paraíso fiscal no Caribe.
A notícia foi divulgada pela Folha. A reportagem de domingo publicou documento assinado por Fernando pelo qual ele autorizou a transferência de US$ 1 milhão para a conta de uma empresa na China.
A Folha apurou que, apesar da negativa, o ministério recebeu laudo do governo chinês confirmando a remessa.
Essa transação foi alvo da operação Boi Barrica, rebatizada de Faktor. A partir do documento assinado por Fernando Sarney, o governo brasileiro solicitou que as autoridades da China rastreassem os recursos. Fernando não comentou o caso alegando segredo de Justiça.
O governo chinês confirmou as informações da ordem bancária - o dinheiro saiu da conta de uma "offshore" no Caribe, passou pelo HSBC em Nova York e foi parar na conta da Prestige Cycle Parts & Accessories Limited, em Qingdao, na China.
Na Faktor, a Polícia Federal interceptou, com autorização da Justiça, mensagens eletrônicas de Fernando, seus familiares e amigos. Em várias delas havia referências ao envio de US$ 1 milhão à China. Em uma delas, entre Ana Clara e Teresa Sarney, filha e mulher de Fernando, a PF capturou a autorização assinada por ele.


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