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PARANÁ
Caso inclui ex-assessor de Lerner
Promotores apreendem material para grampos
DA REPORTAGEM LOCAL
O Ministério Público do Paraná
apreendeu na noite de segunda-feira uma central telefônica com
capacidade de interligar 5 mil ramais na casa de Gilberto Maria
Gonçalves, ex-chefe de telefonia
da sede do governo paranaense.
Na casa de Edgard Fontoura Filho, ex-chefe de segurança da Telepar Brasil Telecom, foram encontrados documentos confidenciais da companhia telefônica do
Paraná, equipamentos de varredura e instalação de grampos telefônicos e rádios que podem captar ligações de telefones celulares.
O flagrante reforça a suspeita da
participação de funcionários de
confiança do governo paranaense
na instalação de escutas ilegais.
Na semana passada, Gonçalves
foi acusado pelo cabo da PM Luiz
Antônio Jordão de instalar grampos telefônicos. Em depoimento à
CPI estadual da Telefonia, Jordão
disse que Gonçalves agia por ordem do chefe de gabinete do governador Jaime Lerner (PFL),
Gerson Guelmann.
O cabo e o soldado da PM Afrânio de Sá foram afastados da Casa
Militar em abril, acusados de participar da montagem de uma escuta telefônica na distribidora de
combustíveis Ocidental, no município de Araucária, na Região
Metropolitana de Curitiba.
Horas antes da visita dos promotores à casa de Fontoura, ele e
seu sócio na empresa Defense,
Jefferson Storrer, foram demitidos da Telepar. Em nota oficial, a
companhia considerou o fato de
eles serem donos da Defense "incompatível" com atribuições dos
ex-funcionários no setor de segurança da Telepar. Storrer era auxiliar administrativo da empresa.
A Defense, que oficialmente
presta serviços de varredura de
grampos, é suspeita de ter instalado escuta ilegal nos telefones do
gabinete da ex-secretária estadual
de Administração Maria Elisa Paciornik, em 1999. Na época, Gonçalves, o cabo Jordão e o soldado
Sá foram designados pela Casa
Militar para localizar o grampo,
confirmado pela Telepar.
(RONALD FREITAS)
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