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PARÁ
Grupo de índios caiapós invade sede da Funai
MAURÍCIO SIMIONATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM
Um grupo de pelo menos 70 índios caiapós invadiu anteontem à
tarde a sede da Funai (Fundação
Nacional do Índio), em Redenção, no sul do Pará.
Armados com arcos, flechas e
espingardas e pintados para a
guerra, eles exigem a demissão de
cinco funcionários que teriam
desviado recursos do órgão.
A Funai de Redenção representa 12 aldeias e cerca de 4.500 índios da região. Os caiapós alegam estar com uma dívida de R$ 600
mil no comércio da região por
causa dos supostos desvios de recursos. Os índios afirmaram que
vão permanecer na sede da Funai
até que os cinco funcionários sejam substituídos. As atividades
no órgão estão paralisadas.
"Estamos esperando a chegada
de mais 80 índios de mais quatro
aldeias nos próximos dias. Só sairemos depois que os funcionários
forem trocados. Enquanto estivermos aqui, eles [funcionários"
não entram", afirmou o índio Pecuai Caiapó.
A assessoria de imprensa da Funai, em Brasília, informou que
um representante do órgão irá
para Redenção nos próximos dias
para negociar a saída dos índios
da sede. Segundo a assessoria, a
Funai de Redenção passará por
uma auditoria para apurar as denúncias de desvio de verbas por
parte dos funcionários, que não
tiveram os nomes revelados.
Refém
Em Tucumã, no sul do Pará,
cerca de 30 índios caiapós, da aldeia Aúkre, invadiram ontem um
hotel e mantiveram amarrado por
nove horas um empresário que
havia comprado 300 sacas de castanha e não tinha pago R$ 7.700
pelo produto.
Segundo a Polícia Militar, os índios invadiram o hotel no centro
da cidade por volta das 7h. O empresário Divino Bento Araújo só
foi liberado às 16h, depois de quitar a dívida.
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