São Paulo, sexta-feira, 09 de maio de 2008

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União corta conta tipo B em junho e anuncia pente-fino

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Paulo Bernardo (Planejamento) afirmou que as contas tipo B, apontadas como pouco transparentes, vão ser eliminadas do Orçamento em junho, quando os cartões corporativos passarão a ser usados de forma integral para cobrir despesas de baixo valor feitas pelo setor público.
"A tipo B é conta com transparência zero, na qual não se enxerga nada", disse ele. "Achamos fundamental proibir essa conta nos três níveis de governo e em todos os Poderes."
Segundo Bernardo, embora as contas tipo B sejam usadas para quitar pequenos gastos, a soma dessa despesa na União, nos Estados e nos municípios ultrapassa R$ 1 bilhão. Ele não mostrou a mesma determinação em proibir os saques em dinheiro com cartão. Assim como as contas tipo B, os saques são usualmente focos de fraude.
Ele disse que a eliminação dos saques exige um período de transição porque em algumas localidades não há infra-estrutura bancária. "Admitimos um nível de saque de até 30%, autorizado pelo ministro da área. A pessoa que fez o saque passa a ter de digitar no sistema, para reforçar a transparência."
O governo também decidiu adotar um plano de racionalização de gastos. O foco são os correntes, que abrangem o pagamento de despesas obrigatórias e custeio da máquina.
Entre 2003 e 2007, passou de R$ 255,6 bilhões para R$ 430,9 bilhões, com previsão de atingir R$ 474,1 bilhões este ano. "Vamos passar um pente-fino nas despesas correntes." Os alvos serão os contratos com mão-de-obra terceirizada, contas de luz e telefone, apoio administrativo, serviços técnicos, diárias e passagens. Disse que o plano de racionalização não vai ser concluído no curto prazo.


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