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União corta conta tipo B em junho e anuncia pente-fino
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Paulo Bernardo
(Planejamento) afirmou que as
contas tipo B, apontadas como
pouco transparentes, vão ser
eliminadas do Orçamento em
junho, quando os cartões corporativos passarão a ser usados
de forma integral para cobrir
despesas de baixo valor feitas
pelo setor público.
"A tipo B é conta com transparência zero, na qual não se
enxerga nada", disse ele. "Achamos fundamental proibir essa
conta nos três níveis de governo e em todos os Poderes."
Segundo Bernardo, embora
as contas tipo B sejam usadas
para quitar pequenos gastos, a
soma dessa despesa na União,
nos Estados e nos municípios
ultrapassa R$ 1 bilhão. Ele não
mostrou a mesma determinação em proibir os saques em dinheiro com cartão. Assim como
as contas tipo B, os saques são
usualmente focos de fraude.
Ele disse que a eliminação
dos saques exige um período de
transição porque em algumas
localidades não há infra-estrutura bancária. "Admitimos um
nível de saque de até 30%, autorizado pelo ministro da área. A
pessoa que fez o saque passa a
ter de digitar no sistema, para
reforçar a transparência."
O governo também decidiu
adotar um plano de racionalização de gastos. O foco são os
correntes, que abrangem o pagamento de despesas obrigatórias e custeio da máquina.
Entre 2003 e 2007, passou de
R$ 255,6 bilhões para R$ 430,9
bilhões, com previsão de atingir R$ 474,1 bilhões este ano.
"Vamos passar um pente-fino
nas despesas correntes." Os alvos serão os contratos com
mão-de-obra terceirizada, contas de luz e telefone, apoio administrativo, serviços técnicos,
diárias e passagens. Disse que o
plano de racionalização não vai
ser concluído no curto prazo.
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