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Covas "usa a
coisa pública',
diz promotor
da Reportagem Local
O promotor Nilo Spinola, da
Promotoria de Justiça e Cidadania, disse ontem que, se não for
ilegal, é "pelo menos imoral" o fato de o governador Mário Covas
(PSDB) pagar do próprio bolso as
seis primeiras prestações da primeira pessoa sorteada com casas
populares feitas em seu governo.
"Não se trata de o dinheiro ser
ou não dele. A questão é que ele
está utilizando uma coisa pública,
que é a casa feita pela CDHU, para
se beneficiar eleitoralmente", diz
Spinola. "Se ele vai a um boteco e
paga pinga para alguém com o dinheiro dele, não tem problema."
"No caso da pinga, ao contrário
da casa, o governador não está
usando a coisa pública", diz. Spinola vai entrar com ação na Justiça
para impedir que as pessoas sejam
obrigadas a comparecer aos sorteios de casas populares.
A assessoria de Covas diz que
não se trata de atividade ilegal,
pois o governador doa seu dinheiro a quem quiser. Informa que,
desde 1996, Covas já gastou R$
30,9 mil com essas prestações.
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