São Paulo, terça, 9 de junho de 1998

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Covas "usa a coisa pública', diz promotor

da Reportagem Local

O promotor Nilo Spinola, da Promotoria de Justiça e Cidadania, disse ontem que, se não for ilegal, é "pelo menos imoral" o fato de o governador Mário Covas (PSDB) pagar do próprio bolso as seis primeiras prestações da primeira pessoa sorteada com casas populares feitas em seu governo.
"Não se trata de o dinheiro ser ou não dele. A questão é que ele está utilizando uma coisa pública, que é a casa feita pela CDHU, para se beneficiar eleitoralmente", diz Spinola. "Se ele vai a um boteco e paga pinga para alguém com o dinheiro dele, não tem problema."
"No caso da pinga, ao contrário da casa, o governador não está usando a coisa pública", diz. Spinola vai entrar com ação na Justiça para impedir que as pessoas sejam obrigadas a comparecer aos sorteios de casas populares.
A assessoria de Covas diz que não se trata de atividade ilegal, pois o governador doa seu dinheiro a quem quiser. Informa que, desde 1996, Covas já gastou R$ 30,9 mil com essas prestações.



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