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MEMÓRIA
Posição sobre o FMI era diferente há oito meses
DA REPORTAGEM LOCAL
Há oito meses, o PT mantinha um discurso sobre o FMI
totalmente diferente do atual.
No 12º Encontro Nacional do
partido, realizado entre 12 e 14
de dezembro de 2001 em Recife, o PT aprovou suas "Diretrizes Econômicas", nas quais defendia "denunciar" (no jargão
jurídico, romper) os contratos
entre o governo e o FMI.
A alegação era clara: "As políticas de ajuste adotadas em razão dos acordos com o FMI,
em vez de eliminar a propensão ao endividamento, levaram
a priorizar o pagamento dos
encargos financeiros da dívida
pública, com o sacrifício dos
investimentos em infra-estrutura, em ciência e tecnologia e
dos gastos sociais do Estado".
Mas a liderança de Lula nas
pesquisas e o risco de aumento
da desconfiança do mercado
levaram os petistas a um
abrandamento do discurso. Na
sua "Carta ao Povo Brasileiro",
Lula sinalizava uma melhor relação com o Fundo ao afirmar
que, se eleito, respeitaria contratos e metas estabelecidas.
Na campanha de 1998, Lula
chamou de "crime" o acordo,
pois seria "apertar mais um nó
da corda no pescoço" dos brasileiros. "O FMI não existe para
ajudar o país ou ajudar o povo.
Existe para ajudar os credores."
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