São Paulo, quarta-feira, 09 de agosto de 2006

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No "JN", Heloísa tenta evitar imagem de radical

DA REPORTAGEM LOCAL

A candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena, evitou ontem, durante entrevista ao "Jornal Nacional", ser associada a uma representante radical da esquerda -apesar de se definir uma "socialista por convicção"- e disse que não vai expropriar terras "porque a Constituição não permite".
Assegurou ainda que, se eleita, não haverá invasão de prédios públicos porque fará uma reforma agrária de qualidade. "A ocupação de terras improdutivas ou de espaços públicos só se dá quando governos são tão incompetentes, irresponsáveis e insensíveis."
A senadora declarou-se arrependida por ter usado o termo "empregadinho" ao criticar o ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). "Eu respeito muito as pessoas simples e humildes que nasceram inclusive como eu", disse.
Referindo-se aos jornalistas Fátima Bernardes e William Bonner como "minha flor" e "meu amor", com voz suave e entonação frenética e rítmica que deixava pouco espaço para perguntas, saiu pela tangente quando pressionada a comentar posições radicais do PSOL. Explicou que programa de partido é diferente do de governo. O primeiro, segundo a senadora, define objetivos que poderão ser implementados ao longo de 30 anos. "Programa de governo não pode estar distanciado da legislação em vigor."
Disse, ainda, que se considera preparada para exercer a Presidência. Sobre o socialismo, disse não esperar vivenciar essa experiência. "Seria desonestidade dizer que eu vou implementar o socialismo. Hoje eu luto pela democracia."
E encerrou a entrevista dizendo que pretende fazer um governo "que possa acolher as crianças brasileiras e a juventude do mesmo jeito que eu, mãe, acalento meus próprios filhos".


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