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No "JN", Heloísa tenta evitar imagem de radical
DA REPORTAGEM LOCAL
A candidata do PSOL à Presidência, Heloísa Helena, evitou
ontem, durante entrevista ao
"Jornal Nacional", ser associada a uma representante radical
da esquerda -apesar de se definir uma "socialista por convicção"- e disse que não vai expropriar terras "porque a Constituição não permite".
Assegurou ainda que, se eleita, não haverá invasão de prédios públicos porque fará uma
reforma agrária de qualidade.
"A ocupação de terras improdutivas ou de espaços públicos
só se dá quando governos são
tão incompetentes, irresponsáveis e insensíveis."
A senadora declarou-se arrependida por ter usado o termo
"empregadinho" ao criticar o
ministro Tarso Genro (Relações Institucionais). "Eu respeito muito as pessoas simples
e humildes que nasceram inclusive como eu", disse.
Referindo-se aos jornalistas
Fátima Bernardes e William
Bonner como "minha flor" e
"meu amor", com voz suave e
entonação frenética e rítmica
que deixava pouco espaço para
perguntas, saiu pela tangente
quando pressionada a comentar posições radicais do PSOL.
Explicou que programa de partido é diferente do de governo.
O primeiro, segundo a senadora, define objetivos que poderão ser implementados ao longo de 30 anos. "Programa de
governo não pode estar distanciado da legislação em vigor."
Disse, ainda, que se considera preparada para exercer a
Presidência. Sobre o socialismo, disse não esperar vivenciar
essa experiência. "Seria desonestidade dizer que eu vou implementar o socialismo. Hoje
eu luto pela democracia."
E encerrou a entrevista dizendo que pretende fazer um
governo "que possa acolher as
crianças brasileiras e a juventude do mesmo jeito que eu, mãe,
acalento meus próprios filhos".
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