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Prefeitos reclamam
mais R$ 7 bi na reforma
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de terem garantido R$
3,7 bilhões no texto de reforma
tributária aprovado na última
quinta-feira, os prefeitos querem,
pelo menos, mais R$ 7 bilhões, e
para pressionar o Congresso Nacional farão uma marcha em Brasília amanhã. Para sensibilizar os
deputados, eles afirmam que sem
um reforço nos caixas municipais
não terão como pagar o 13º salário
em dezembro.
Na linha de frente das articulações políticas, o presidente da
CNM (Confederação Nacional
dos Municípios), Paulo Ziulkoski
(PMDB), reivindica R$ 20 bilhões
adicionais. Se esse número ficar
em R$ 7 bilhões, porém, os prefeitos já apoiariam a reforma, segundo ele. "Para quem está com fome, tudo o que vier ajuda", disse.
Esse dinheiro viria do fim do
Pasep, contribuição federal destinada ao funcionalismo público,
que drena 1% da receita corrente
líquida de Estados e municípios
para a União, e da ampliação da
base de arrecadação do FPM
(Fundo de Participação dos Municípios).
Hoje o FPM recebe 22,5% do IPI
(Imposto Sobre Produtos Industrializados) e do IR (Imposto de
Renda). Um destaque do PFL,
apoiado pelos prefeitos, diminui
esse percentual para 14,5%, mas à
base de cálculo seria agregada a
CSLL (Contribuição Social Sobre
o Lucro Líquido), Cofins (Contribuição para Financiamento da
Seguridade Social), CPMF (Contribuição Provisória Sobre Movimentação Financeira) e Cide
(contribuição sobre a venda de
combustíveis).
Na marcha de amanhã, entre
prefeitos, vereadores e membros
de conselhos de educação e saúde,
a CNM pretende reunir em torno
de 4.000 pessoas. "As reuniões no
dia da votação da reforma foram
só com os governadores. Foi tudo
negociado com eles. Agora vamos
estar aqui", disse Ziulkoski.
O início da votação das propostas de alteração da reforma está
previsto para hoje.
O texto ainda tem de ser aprovado em segundo turno na Câmara para depois ser enviado para o
Senado, onde também ter de ser
aprovado em dois turnos.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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