São Paulo, quarta-feira, 09 de outubro de 2002

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RESULTADO

Índice para presidente na região é de 12%, contra média nacional de 7%

Nordeste lidera proporção de votos nulos pelo país

SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Nordeste foi a região com o maior índice de votos nulos: 12,38% dos eleitores que compareceram à seção anularam o voto para presidente, contra a média nacional de 7,36%.
Para anular, basta digitar um número de candidato inexistente e em seguida acionar a tecla "confirma" na urna. Isso pode ocorrer deliberadamente ou por erro. O Tribunal Superior Eleitoral acredita que o erro é a causa da maioria dos casos de votos nulos.
Todos os nove Estados do Nordeste superaram a média do país. Os recordistas foram Maranhão (16,54%) e Bahia (14,65%).
O fenômeno da maior ocorrência de votos nulos nessa região já havia sido verificado nas eleições de 1998: 13,5% no Nordeste, contra 10,67% no país.
Somados, o total de votos nulos e brancos em todo o país ficou próximo da votação de Ciro Gomes (PPS), o quarto colocado na disputa à Presidência.
No final da tarde de ontem, quando faltavam ser apurados os votos de 97 seções (0,03%), o boletim com o resultado parcial das eleições indicava uma diferença de apenas 323.878 entre os votos inválidos e os dados a Ciro.
O candidato do PPS havia recebido 10,162 milhões de votos, e 9,838 milhões de eleitores tinham invalidado a escolha do novo presidente: 6,966 milhões anularam o voto, e 2,872 milhões acionaram a tecla "branco" na urna.
Outros 20,485 milhões de pessoas cadastradas pela Justiça Eleitoral nem compareceram à seção, conforme o boletim divulgado com 99,97% dos votos apurados.
Ao todo, 30,3 milhões de pessoas se ausentaram ou invalidaram o voto. Esse contingente supera a soma de votos obtida por Anthony Garotinho (PSB) e por Ciro. O número de abstenções inclui tanto ausentes quanto "fantasmas", ou seja, pessoas que morreram, mas não foram excluídas do cadastro. Embora alta, a abstenção foi menor que a de 1998 (17,78% contra 21,49%).



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