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PARANÁ
Candidato derrotado do PT sinaliza apoio a Requião no segundo turno
MARI TORTATO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
O senador Roberto Requião
(PMDB) já tem praticamente fechado o apoio do PT do Paraná
para o segundo turno da eleição a
governador. O candidato petista
derrotado no último domingo,
deputado federal Padre Roque
Zimmermann, antecipou no final
da tarde de ontem que "90% dos
eleitos pelo partido manifestaram
disposição de apoiar Requião".
O senador peemedebista vai
disputar o segundo turno com Alvaro Dias (PDT), um ex-aliado.
Alvaro espera neutralidade dos
petistas para que também possa
aderir à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. Até ontem ele
não tinha mantido contato com
dirigentes estaduais do PT.
A executiva do PT se reuniria
ontem à noite para fechar questão. "Queremos subir no palanque, vestir a camisa e governar
com o vencedor", disse Padre Roque. Segundo ele, a tendência
pró-Requião se deve "a uma história de afinidades" com o PMDB.
O deputado disse ter conversado com o presidente nacional do
PT, José Dirceu, e que ouviu dele
que o partido "tem uma dívida de
gratidão com Requião". Referia-se aos apoios dados a Lula nas
duas eleições anteriores e no primeiro turno da deste ano.
"Alvaro Dias foi para o PDT
dias atrás", comparou. O presidente do PT estadual, André Passos, foi mais cauteloso. Disse que
a reunião da noite "avaliaria todas
as circunstâncias". "Acima de tudo, nosso objetivo é eleger Lula à
Presidência", disse o senador eleito pelo partido, Flávio Arns.
Uma postura neutra no segundo turno é o que deve seguir o
candidato derrotado do PSDB,
Beto Richa. Ele adiou o anúncio
para o final de semana após conversas com o seu grupo político.
Em entrevista ontem, Beto Richa afirmou que o partido vai
concentrar forças na candidatura
presidencial de José Serra.
A possibilidade de Serra atrair
Alvaro Dias é mais difícil. O pedetista saiu do PSDB em 2001 e já declarou que não pode apoiar quem
o expulsou do partido.
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