São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2000

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

PF adapta cômodo e compra cadeado novo

DA REPORTAGEM LOCAL

A Polícia Federal de São Paulo adaptou uma sala, no segundo andar da casa onde fica a Delops (Delegacia de Ordem Política e Social), na rua Piauí, em Higienópolis, para manter detido o ex-juiz Nicolau dos Santos Neto.
Ele deve ficar detido nesse cômodo, que tem cerca de 5 metros quadrados, sozinho. O ex-juiz tem direito a cela especial.
A sala tem uma porta de ferro e era usada como dormitório pelos plantonistas do local. Ela fica ao lado do gabinete do delegado de Custódia da PF, tem um vitrô pequeno e espaço para um colchão, de cerca de 90 cm de largura por 1,80 m de comprimento -comprado há duas semanas. Essa sala não possui banheiro. Na quarta-feira, a PF comprou cadeados novos. O ex-juiz receberá três refeições diárias e terá direito a receber visitas um dia por semana.
Segundo a PF, na delegacia estão hoje outros cinco presos: um árabe e um argentino, que devem ser extraditados, e três brasileiros detidos devido à CPI do Narcotráfico por suposto envolvimento com a máfia do roubo de cargas.
O delegado Moacir Moliterno disse que havia possibilidade de o ex-juiz ficar em uma sala especial na parte inferior da casa, uma espécie de porão onde ficaram detidos os empresários Fábio Monteiro de Barros e José Teixeira Ferraz, donos da construtora responsável pela obra do TRT. Essa cela, com 20 metros quadrados, tem um vitrô que dá visão da rua.
Ontem, cerca de 400 pessoas, segundo a Polícia Militar, aguardavam a chegada do ex-juiz. A rua havia sido isolada. A PM deteve duas pessoas que portavam pedaços de pau, temendo que atingissem o carro que levaria o ex-juiz.







Texto Anterior: Ex-juiz pode ser solto depois de 81 dias
Próximo Texto: Fuga de ex-juiz foi motivo de piadas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.