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Tesoureiro do PT diz que falta nitidez à lei eleitoral
Para Paulo Ferreira, é "natural haver ressalvas, o que importa é a aprovação"
Segundo tesoureiro, se a questão sobre as doações eleitorais for impeditiva, deve estar absolutamente clara para próximas eleições
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O tesoureiro do PT, Paulo
Ferreira, criticou ontem a "falta de nitidez" das regras para
doações às campanhas eleitorais e afirmou que o importante
é que as contas da reeleição do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva sejam aprovadas, não importa se com ou sem ressalvas.
Na quarta-feira, o parecer final dos técnicos do Tribunal
Superior Eleitoral recomendou
a rejeição das contas da campanha de Lula e de seu comitê financeiro, em razão de repasses
de oito empresas, num total de
R$ 10 milhões. Na avaliação dos
técnicos, essas empresas têm
vínculos com concessionárias
de serviço público, cujas doações às campanhas são vedadas
pela lei eleitoral. A palavra final
cabe ao plenário do TSE, que
pode seguir ou não o parecer
técnico. A votação está marcada para a próxima terça-feira.
O tesoureiro do PT disse que
precisam ser explicitadas quais
doações são permitidas e quais
são proibidas para que não pairem dúvidas. "Essa é uma questão que precisa de maior nitidez. O TSE anda dizendo: "Se
numa holding, houver uma das
empresas que tenham concessão, não pode". Isso não ficou
explícito na lei", afirmou.
O petista lembrou que o problema atinge todos os partidos
e defendeu que, se a regra for
valer, que comece apenas nas
próximas eleições, e de maneira mais clara.
"Isso é o que o PT, o PFL e o
PSDB estão dizendo. Para as
próximas eleições, se essa for
uma questão impeditiva, tem
de estar absolutamente clara.
Por isso é que os partidos estão
recorrendo. A decisão, acho, vai
ser no sentido de validar essas
contribuições [na atual eleição]", afirmou Ferreira.
Ferreira é o tesoureiro do PT,
enquanto a campanha de Lula à
reeleição teve um outro tesoureiro, José de Filippi Jr., que já
se comprometeu a "sanar todas
as divergências" nas contas.
De acordo com Ferreira, é
"natural" que tudo não esteja
perfeito. "É natural que haja
ressalvas, o importante é que as
contas sejam aprovadas", disse
o tesoureiro do PT.
(PDL)
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