São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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Tesoureiro do PT diz que falta nitidez à lei eleitoral

Para Paulo Ferreira, é "natural haver ressalvas, o que importa é a aprovação"

Segundo tesoureiro, se a questão sobre as doações eleitorais for impeditiva, deve estar absolutamente clara para próximas eleições


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, criticou ontem a "falta de nitidez" das regras para doações às campanhas eleitorais e afirmou que o importante é que as contas da reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sejam aprovadas, não importa se com ou sem ressalvas.
Na quarta-feira, o parecer final dos técnicos do Tribunal Superior Eleitoral recomendou a rejeição das contas da campanha de Lula e de seu comitê financeiro, em razão de repasses de oito empresas, num total de R$ 10 milhões. Na avaliação dos técnicos, essas empresas têm vínculos com concessionárias de serviço público, cujas doações às campanhas são vedadas pela lei eleitoral. A palavra final cabe ao plenário do TSE, que pode seguir ou não o parecer técnico. A votação está marcada para a próxima terça-feira.
O tesoureiro do PT disse que precisam ser explicitadas quais doações são permitidas e quais são proibidas para que não pairem dúvidas. "Essa é uma questão que precisa de maior nitidez. O TSE anda dizendo: "Se numa holding, houver uma das empresas que tenham concessão, não pode". Isso não ficou explícito na lei", afirmou.
O petista lembrou que o problema atinge todos os partidos e defendeu que, se a regra for valer, que comece apenas nas próximas eleições, e de maneira mais clara.
"Isso é o que o PT, o PFL e o PSDB estão dizendo. Para as próximas eleições, se essa for uma questão impeditiva, tem de estar absolutamente clara. Por isso é que os partidos estão recorrendo. A decisão, acho, vai ser no sentido de validar essas contribuições [na atual eleição]", afirmou Ferreira.
Ferreira é o tesoureiro do PT, enquanto a campanha de Lula à reeleição teve um outro tesoureiro, José de Filippi Jr., que já se comprometeu a "sanar todas as divergências" nas contas.
De acordo com Ferreira, é "natural" que tudo não esteja perfeito. "É natural que haja ressalvas, o importante é que as contas sejam aprovadas", disse o tesoureiro do PT. (PDL)


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