|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
"Não conheço esta pessoa", diz Flávio
FERNANDO RODRIGUES
da Sucursal de Brasília
O empresário Flávio Maluf,
presidente da Eucatex, disse ontem de manhã que não conhece
o brasileiro Oscar de Barros,
preso em Miami. Negou também ter algum relacionamento
com a Overland Advisory Services, empresa de Barros.
"Eu não conheço essa pessoa
(Barros). Nunca o vi na minha
vida. Estou tranquilo, embora
chateado por meu nome aparecer em vão. Nunca soube dos
negócios dele, nem conheço sua
empresa", declarou.
Sobre o fato de seu nome aparecer na intimação a que a Folha
teve acesso, Flávio disse:
"Ele é quem tem de explicar
por que meu nome estaria entre
documentos ou papéis apreendidos em sua empresa. Se é que
sou eu mesmo, se é que era mesmo o meu nome, e se é que existe algum papel ou documento."
O filho de Paulo Maluf respondeu ao telefonema da Folha,
que havia deixado um recado
em seu telefone celular logo depois das 9h. Por volta de 10h,Flávio telefonou.
"Vou constituir um advogado
norte-americano, em Nova
York, para saber detalhes dessa
lista. Sou o principal interessado
em esclarecer a situação, já que
nada devo. Quero esclarecer
também como é que meu nome
apareceu nesta lista e vou processar os responsáveis por isso
nos Estados Unidos."
Sobre José Maria Teixeira Ferraz, o outro brasileiro preso junto com Barros em Miami, Flávio
disse conhecê-lo de nome. "Conheço um parente dele no Brasil
e sabia que um Teixeira Ferraz
morava em Miami. Mas não o
conheço pessoalmente."
O reverendo presbiteriano
Caio Fábio d'Araújo Filho não
foi encontrado pela Folha. Seus
advogados informaram que seria difícil localizá-lo ontem.
Caio Fábio tem dois advogados para atendê-lo no caso do
dossiê Caribe: Nilo Batista, no
Rio, e José Gerardo Grossi, em
Brasília.
A declaração de Nilo Batista a
respeito do caso foi a seguinte:
"Esse processo é uma coisa
que só pode ser benéfica para ele
(Caio Fábio). É conhecido que o
Caio queria desenvolver a TV
Vinde em Miami. E que Oscar
de Barros iniciou um processo
para obtenção de crédito. Mas
nada se realizou. Não houve o
investimento, por isso o Caio
não está preocupado. Não entrou dinheiro na Vinde". A TV
Vinde era uma emissora controlada por Caio Fábio.
Em Miami, a Folha ligou e esteve na casa do empresário Paulo Sérgio Rosa, citado no documento. A informação dada foi
de que ele não estava e que não
poderia ser localizado.
Texto Anterior: Fora do Brasil: FBI investiga ações de filho de Maluf Próximo Texto: Investigação de dossiê não foi concluída Índice
|