São Paulo, quinta-feira, 10 de maio de 2001
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CARAJÁS Julgamento de massacre terá nove sessões A juíza Eva do Amaral Coelho anunciou ontem que pretende retomar o julgamento do massacre de Eldorado do Carajás em nove sessões, deixando para a última o julgamento dos oficiais que lideraram as tropas envolvidas no conflito. A decisão não agradou o promotor Marco Aurélio do Nascimento, que irá entrar com um pedido de reconsideração sobre o assunto. "Devemos recomeçar da estaca zero. É importante que eles sejam julgados primeiro." O coronel Mário Colares Pantoja, o major José Maria Oliveira e o capitão Raimundo Almendra Lameira foram absolvidos pelo Tribunal do Júri em agosto de 1999. O TJE (Tribunal de Justiça do Estado) acabou anulando a sentença, por contradições nas perguntas feitas aos jurados. Os advogados dos oficiais, no entanto, entraram com recursos no STF (Supremo Tribunal Federal) e STJ (Superior Tribunal de Justiça) para anular essa decisão. Com a mudança na ordem, Eva do Amaral pretende se precaver contra possíveis decisões judiciais. O promotor, no entanto, vê outra nulidade na decisão. "Não é possível inverter a ordem da denúncia", disse Nascimento. A juíza afirmou que as noves sessões previstas do julgamento devem durar cerca de dois meses. Segundo a juíza, a primeira sessão julgará os 17 sargentos e tenentes. Em seguida, os 130 cabos e soldados separados em grupos. Eva do Amaral disse que seu objetivo é começar o julgamento em 28 de maio, mas que já há um certo atraso. (DA AGÊNCIA FOLHA) Texto Anterior: STF: Juízes reagem contra decisão de ministros Próximo Texto: Caso TRT: Laranja admite à PF ter permitido que conta fosse usada Índice |
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