São Paulo, sábado, 10 de maio de 2003 |
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PAINEL Realismo e otimismo No vôo que o levou ao Acre, Lula disse aos senadores que integraram a sua comitiva que o Brasil está "quebrado", mas que, "a partir de julho, o país deverá voltar a crescer". "A economia deverá recomeçar a respirar", afirmou o presidente. Retrovisor Na conversa no avião, Lula reclamou de novo da "herança que recebeu" e disse que o preocupa a falta de recursos para investimentos, principalmente para a recuperação de estradas. Foto oficial Lula jantará com as bancadas do PMDB na terça-feira, na casa de José Sarney em Brasília. O Planalto está dando ao evento um tratamento de ato simbólico da adesão do partido, ou de boa parte dele, ao governo. Tom de ameaça Após obter o compromisso de apoio do PMDB no Senado, o Planalto mandou um recado para a bancada do partido na Câmara, mais refratária a integrar a base: caso o acordo não seja fechado, o governo filiará em outros partidos pelo menos 30 dos 70 deputados da legenda, antes da votação das reformas. Governo da mudança Presidente do PSB da Bahia, Domingos Leonelli enviou carta ao diretório do PT no Estado "lamentando a omissão do governo federal" no episódio do arquivamento do caso ACM. "O PSB da Bahia formaliza, por meio desta, sua preocupação com o rumo do governo Lula." Vacas magras Assim como deputados da esquerda do PT, parlamentares do PC do B subiram o tom em relação à política econômica de Lula. Ao pedir a queda dos juros ontem, Jamil Murad disse que no Dia das Mães "muitas ficarão sem presente, por causa dos altos juros das prestações". Convite ao brinde Ciro Gomes (Integração Nacional) e Márcio Thomaz Bastos (Justiça) jantaram na segunda-feira com Tasso Jereissati (PSDB-CE) no DF, com o objetivo de tentar convencer o senador a apoiar as reformas de Lula. Projeto prioritário Fundação Cultural do Amapá, órgão do governo estadual, gastou em abril R$ 6 mil no adestramento "físico e mental" de cães. Sinal amarelo Geraldo Alckmin orientou seu secretariado a cortar ainda mais os gastos. SP arrecadou R$ 40 mi a menos do que esperava de ICMS em abril, e a despesa com pessoal atingiu o índice de 48,01% -acima do limite "prudencial" previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (46,55%). Cinto apertado No começo do ano, Alckmin já havia contingenciado 10% dos gastos de custeio do governo. Hoje, 66,39% (R$ 1,221 bi) dos investimentos próprios previstos também estão congelados. Com a queda da arrecadação do ICMS, a situação tende a piorar. Sem vagas Por ultrapassar o "limite prudencial" de gastos com pessoal, Alckmin (PSDB) proibiu a criação de novos cargos, aumentos salariais e contratação de hora extra no governo paulista. Agora vai O deputado Milton Monti (PL) é o novo coordenador da bancada paulista no Congresso. Visita à Folha Os desembargadores Sergio Augusto Nigro Conceição, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, e Luiz Elias Tâmbara, corregedor-geral da Justiça, visitaram ontem a Folha, onde foram recebidos em almoço. Estavam acompanhados de Carlos Eduardo Donegá Morandini, chefe do gabinete civil da Presidência do TJ, e de Paulo Bomfim, coordenador do cerimonial e relações públicas do tribunal. Também estava presente o jurista Ives Gandra Martins. TIROTEIO De Beto Albuquerque (PSB), sobre o projeto de fusão Varig-TAM, que, segundo ele, não considera credores os funcionários da primeira, que tem débitos trabalhistas e um fundo de previdência deficitário: - A fusão só interessa à TAM, que ganhará de mãos beijadas a maior fatia do mercado nacional, aeronaves e clientes. Será o fim da Varig. CONTRAPONTO Caiu do céu
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva esteve na semana passada em Ribeirão Preto (SP), onde
participou de uma exposição
agropecuária internacional. |
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