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PARANÁ
Prefeito afastado é acusado de fraude em licitação
Ministério Público ingressa com mais três ações contra Belinati
JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O Ministério Público ingressou
ontem na Justiça de Londrina
(PR) com mais três ações civis públicas por improbidade administrativa contra o prefeito afastado
Antônio Belinati (PFL). Agora, o
prefeito tem quatro ações civis
por improbidade contra ele.
Afastado do cargo desde 19 de
maio, Belinati é acusado de comandar um esquema de corrupção local. O Ministério Público diz
ter provas do desvio de R$ 16 milhões e investiga gastos de R$ 115
milhões sem comprovação legal.
Ontem, em ação distribuída para a 3ª Vara Cível, Belinati e outros 35 réus, entre eles o deputado
federal José Janene (PPB), são
acusados de participar de um esquema de licitação fraudulenta. O
processo envolve R$ 3,4 milhões,
referentes a 23 licitações de serviços não executados que foram
contratados e pagos em 1998.
Além da indisponibilidade dos
bens do prefeito e dos outros acusados, os procuradores pedem
novo afastamento de Belinati.
Outra ação contra Belinati é
contra o acúmulo, pelo prefeito
afastado, da função de conselheiro fiscal da Companhia Municipal
de Urbanização com o cargo de
deputado estadual de 94 a 96.
A terceira ação acusa o prefeito
de impedir o acesso de promotores a documentos e de sonegar
dados sobre o processo de venda
de ações da Sercomtel (empresa
municipal de telefonia) à Copel)
em 1998. Há suspeita sobre o destino do dinheiro arrecadado com
a negociação (R$ 186,3 milhões).
Belinati não foi encontrado ontem no seu escritório político, que
funciona em sua chácara na zona
rural de Londrina. A informação
era que ele estava viajando e "não
poderia ser encontrado por telefone". Seu advogado, João Graça,
estava, de acordo com informações de seu escritório, fora da cidade e não poderia ligar de volta.
A assessoria do deputado José
Janene informou que ele estava
em reunião política em Cornélio
Procópio (norte do Paraná) e não
poderia ser localizado. Janene
tem atribuído as ações civis contra ele à "perseguição do Ministério Público de Londrina".
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