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O COMANDANTE
Militar reformado, Arlindo Molina trabalhou para prefeitura de Belém
DA SUCURSAL DO RIO
O militar reformado Arlindo
Gerardo Molina, preso ontem pela Polícia Federal, em sua casa no
Rio de Janeiro, foi apontado pelo
presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson, como
um dos responsáveis pela gravação em vídeo da suposta tentativa
de extorsão nos Correios.
Molina, que fez carreira na Marinha, é consultor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), no Rio de
Janeiro, especializado em planejamento, organização e método.
Trabalhou para a Prefeitura de
Belém (PA), administrada por
Duciomar Costa, do PTB, mesmo
partido de Roberto Jefferson. Molina foi responsável pela apresentação de proposta de reforma administrativa da prefeitura.
Molina teve contatos com a prefeitura por cerca de 15 dias, para
levantar dados para o projeto,
mas o acordo não foi adiante.
Roberto Jefferson disse que foi
procurado pela primeira vez pelo
comandante Molina, em Belém,
no início de março.
"Eu estava lá para um evento de
combate à exploração sexual e este senhor vem conversar comigo.
Era muito falante e se apresentou
como consultor da Prefeitura de
Belém. Pediu a mim para intermediar algo com o Osório (Antônio Osório Batista, diretor de Administração dos Correios, afastado do cargo) e eu lhe disse que
não podia, porque eu não era homem de negócios. Então ele passou a me telefonar, e eu não atendia", declarou o deputado.
Roberto Jefferson afirmou que,
a pedido do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), teve um segundo
encontro com o comandante Molina, em seu gabinete, no dia 3 de
maio, quando este o teria informado sobre a existência da fita e
sobre o interesse de empresários
em negociá-la.
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