São Paulo, sexta-feira, 10 de junho de 2005

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O COMANDANTE

Militar reformado, Arlindo Molina trabalhou para prefeitura de Belém

DA SUCURSAL DO RIO

O militar reformado Arlindo Gerardo Molina, preso ontem pela Polícia Federal, em sua casa no Rio de Janeiro, foi apontado pelo presidente nacional do PTB, deputado Roberto Jefferson, como um dos responsáveis pela gravação em vídeo da suposta tentativa de extorsão nos Correios.
Molina, que fez carreira na Marinha, é consultor da FGV (Fundação Getúlio Vargas), no Rio de Janeiro, especializado em planejamento, organização e método. Trabalhou para a Prefeitura de Belém (PA), administrada por Duciomar Costa, do PTB, mesmo partido de Roberto Jefferson. Molina foi responsável pela apresentação de proposta de reforma administrativa da prefeitura.
Molina teve contatos com a prefeitura por cerca de 15 dias, para levantar dados para o projeto, mas o acordo não foi adiante.
Roberto Jefferson disse que foi procurado pela primeira vez pelo comandante Molina, em Belém, no início de março.
"Eu estava lá para um evento de combate à exploração sexual e este senhor vem conversar comigo. Era muito falante e se apresentou como consultor da Prefeitura de Belém. Pediu a mim para intermediar algo com o Osório (Antônio Osório Batista, diretor de Administração dos Correios, afastado do cargo) e eu lhe disse que não podia, porque eu não era homem de negócios. Então ele passou a me telefonar, e eu não atendia", declarou o deputado.
Roberto Jefferson afirmou que, a pedido do senador Ney Suassuna (PMDB-PB), teve um segundo encontro com o comandante Molina, em seu gabinete, no dia 3 de maio, quando este o teria informado sobre a existência da fita e sobre o interesse de empresários em negociá-la.


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