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Contag e MST criticam banco
da Sucursal de Brasília
As principais entidades que lideram invasões de terra, Contag e
MST, acham que o Banco da Terra
vai enfraquecer a desapropriação
de imóveis improdutivos para reforma agrária.
O presidente da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), Manoel dos
Santos, disse que vai recusar o
convite para participar do Conselho Consultivo do banco.
"O governo quer usar esse fundo para mercantilizar a reforma
agrária e colocar na geladeira o
poder de intervenção do Estado
no campo", afirmou.
Santos defendeu a extinção do
banco. Em seu lugar, para ele, deveria surgir uma linha de crédito
sem vínculo com reforma agrária
para financiar a compra de imóveis não sujeitos à desapropriação.
O coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) em Brasília, Gilberto
Portes, afirmou que o banco faz
parte da "propaganda enganosa"
do governo sobre reforma agrária.
O ministro Raul Jungmann (Política Fundiária) disse que não vai
convidar o MST para o conselho
por entender que a Contag é mais
representativa da categoria rural.
Jungmann afirmou que as desapropriações prosseguirão nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, onde ainda há latifúndios e terra barata.
Segundo o ministro, o Banco da
Terra veio do sucesso do programa Cédula da Terra, que vai usar
R$ 150 milhões do Banco Mundial
para atender 15 mil famílias.
(AG)
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