free-lance para a Agência Folha

Em clima de tensão, os 365 convencionais peemedebistas da Paraíba vão às urnas no domingo para escolher entre o governador José Maranhão e o senador Ronaldo Cunha Lima o nome do partido para disputar o governo do Estado.
Por causa do clima tenso entre os dois grupos, cerca de 500 policiais militares e 40 seguranças privados serão mobilizados para evitar confrontos na convenção, que será realizada no Clube Cabo Branco, em João Pessoa.
Os dois grupos se agridem verbalmente em programas de rádio, nas reuniões do partido e até nas sessões da Assembléia Legislativa e da Câmara Municipal de João Pessoa. Eles se acusam mutuamente de envolvimento em esquemas de corrupção.
A quatro dias da convenção, Maranhão e Cunha Lima não param em João Pessoa. Enquanto percorrem o interior do Estado, para pedir pessoalmente os votos dos convencionais, os deputados estaduais tentam encontrar nomes para as vagas de vice de Maranhão e de senador na chapa de Cunha Lima.
O racha no PMDB paraibano ocorreu no mês de março e provocou uma crise interna quando o senador Cunha Lima rompeu com Maranhão e decidiu se lançar candidato a governador, rompendo um acordo feito no ano passado.
Pelo acordo, Maranhão seria o candidato peemedebista a governador e o deputado federal Ivandro Cunha Lima (irmão de Ronaldo), seria o candidato a vice. O senador Ney Suassuna, do grupo de Maranhão, seria candidato à reeleição.
Os dois pré-candidatos a governador têm posições divergentes em relação ao candidato a presidente. Maranhão defende a reeleição do presidente FHC. Cunha Lima defende uma candidatura própria do PMDB.
Quem ganhar a convenção no PMDB dificilmente terá o apoio do perdedor. Diante dessa hipótese, os candidatos do PFL, Raimundo Lira, e do PSB-PT, Gilvan Freire, esperam ser beneficiados com o resultado da briga peemedebista.



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