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ALAGOAS
Vilela deve
ficar fora
da sucessão
da Agência Folha, em Maceió
O presidente nacional do
PSDB, senador Teotônio Vilela Filho, está sendo pressionado pelo Planalto a renunciar à
condição de pré-candidato ao
governo de Alagoas.
Os principais motivos são: o
presidente Fernando Henrique Cardoso quer que Vilela
continue na articulação da
candidatura dele à reeleição
nos Estados; a falta de quadros
para substituir Vilela na presidência do partido, já que quase todos os membros da executiva são candidatos; e, sem a
candidatura, FHC impede um
confronto com Fernando Collor na base do ex-presidente.
Com o fim da pré-candidatura de Vilela, FHC jogaria
areia nos planos do PTB de
deixar o governo, já que passaria a apoiar a candidatura do
governador petebista Manoel
Gomes de Barros.
Caso Vilela confirme a desistência, o que deve ocorrer hoje
em audiência com FHC, estará
selando a paz no grupo governista em Alagoas.
Pelo acordo que vem sendo
negociado, Barros ficará como
candidato à reeleição, Guilherme Palmeira (PFL) tentará
se reeleger ao Senado e o PSDB
indicará o candidato a vice.
A aliança governista atrapalha os planos da esquerda de
chegar ao Palácio dos Martírios pela primeira vez. "Se eles
tiverem mesmo um candidato
único, estaremos diante de
uma nova situação", disse o
pré-candidato do PSB, Ronaldo Lessa, que lidera com folga
de 20 pontos as pesquisas.
A união do PTB com o PFL,
com o PSDB e com o PMDB
faz Collor assumir de vez a
pré-candidatura do primo,
Euclydes Mello (PRN), ao governo do Estado. Collor esperava um racha na base governista para tentar uma composição com Barros.
(ARI CIPOLA)
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