São Paulo, quarta, 10 de junho de 1998

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ALAGOAS
Vilela deve ficar fora da sucessão

da Agência Folha, em Maceió

O presidente nacional do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho, está sendo pressionado pelo Planalto a renunciar à condição de pré-candidato ao governo de Alagoas.
Os principais motivos são: o presidente Fernando Henrique Cardoso quer que Vilela continue na articulação da candidatura dele à reeleição nos Estados; a falta de quadros para substituir Vilela na presidência do partido, já que quase todos os membros da executiva são candidatos; e, sem a candidatura, FHC impede um confronto com Fernando Collor na base do ex-presidente.
Com o fim da pré-candidatura de Vilela, FHC jogaria areia nos planos do PTB de deixar o governo, já que passaria a apoiar a candidatura do governador petebista Manoel Gomes de Barros.
Caso Vilela confirme a desistência, o que deve ocorrer hoje em audiência com FHC, estará selando a paz no grupo governista em Alagoas.
Pelo acordo que vem sendo negociado, Barros ficará como candidato à reeleição, Guilherme Palmeira (PFL) tentará se reeleger ao Senado e o PSDB indicará o candidato a vice.
A aliança governista atrapalha os planos da esquerda de chegar ao Palácio dos Martírios pela primeira vez. "Se eles tiverem mesmo um candidato único, estaremos diante de uma nova situação", disse o pré-candidato do PSB, Ronaldo Lessa, que lidera com folga de 20 pontos as pesquisas.
A união do PTB com o PFL, com o PSDB e com o PMDB faz Collor assumir de vez a pré-candidatura do primo, Euclydes Mello (PRN), ao governo do Estado. Collor esperava um racha na base governista para tentar uma composição com Barros. (ARI CIPOLA)



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