São Paulo, quarta, 10 de junho de 1998

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Polícia apura relato de crime de Maluf

da Reportagem Local

A Polícia Civil de São Paulo instaurou inquérito ontem para apurar se o pré-candidato ao governo do Estado Paulo Maluf (PPB) cometeu crime ao telefonar para um serviço 190 da PM (Polícia Militar), que atende emergências, simulando uma ocorrência.
Segundo reportagem publicada no "Jornal da Tarde" de ontem, Maluf ligou, identificando-se como "dr. Paulo", para o 190 e fez uma queixa falsa, com o intuito de mostrar supostas falhas no atendimento da PM. Disse que havia suspeitos rondando seu escritório.
O 190 acabou se mostrando mais eficiente do que esperava o candidato. Três viaturas da PM chegaram a seu escritório em oito minutos, por volta das 18h.
O inquérito será presidido pelo delegado Cláudio Kiss. Segundo ele, o artigo 340 do Código Penal considera crime a falsa comunicação de crime ou de contravenção. A pena prevista é detenção de 1 a 6 meses ou multa.
Maluf não quis comentar o assunto ontem, mas, de acordo com assessores que gravaram a entrevista, a sugestão da ligação partiu da repórter do "Jornal da Tarde". O delegado disse que o fato pode levar ao indiciamento da jornalista acusada de co-autoria.



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