São Paulo, sábado, 10 de julho de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

DISTÂNCIAS

Prefeita participa de atos em apoio a candidatos petistas de São José dos Campos e de Jacareí

Marta pede votos, mas fora de São Paulo

ROOSEVELT CASSIO
FREE-LANCE PARA A FOLHA

MURILO FIUZA DE MELO
DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeitura de São Paulo, Marta Suplicy (PT), deixou ontem sua campanha à reeleição de lado e, acompanhada do marido, Luis Favre, foi pedir votos para os candidatos petistas às prefeituras de São José dos Campos e Jacareí, na região do Vale do Paraíba paulista.
A agenda não foi divulgada, porque se tratava, de acordo com a assessoria de campanha da prefeita, de "compromissos pessoais".
Marta Suplicy esteve primeiro em Jacareí, onde desceu de helicóptero às 12h30 e foi recepcionada pelo prefeito Marco Aurélio de Souza (PT), candidato à reeleição.
Os dois seguiram de carro até a feira agropecuária e industrial da cidade. Marta deu entrevista a uma emissora de televisão local. Ela falou das ações de seu governo e declarou apoio à reeleição do prefeito.
A entrevista, segundo assessores de Souza, demorou 20 minutos. Ao lado do prefeito, Marta percorreu a feira rapidamente, cumprimentou eleitores e seguiu para São José dos Campos, onde chegou por volta de 14h.

Bolsada
Em São José dos Campos, acompanhada do deputado estadual Carlinhos de Almeida, candidato do PT à sucessão municipal, a prefeita paulistana inaugurou o comitê de mulheres candidatas a vereador.
Aplaudida, Marta posou para fotos e depois gravou participação no programa eleitoral de Almeida. A imprensa não teve acesso à gravação.
Acompanhada do candidato e de militantes do PT, Marta caminhou até o restaurante O Botequim, onde comeu feijoada e tomou cerveja.
Uma assessora do PT local, identificada apenas como Márcia Terezinha, tentou evitar que a cena fosse registrada, e deu uma bolsada no repórter-fotográfico da Folha.
Segundo o jornalista Luiz Cândido, assessor do deputado Carlinhos de Almeida, a imprensa teve "livre acesso" ao almoço. Ele disse que Márcia Terezinha não teve a intenção de agredir o repórter-fotógráfico nem impedir seu trabalho.
"Ela passou a bolsa para um amiga justamente na hora em que ele fotografava. Não houve bolsada", afirmou Cândido.
O assessor afirmou ainda que Márcia Terezinha não estava na organização do evento. Ela participara apenas como militante do PT.


Texto Anterior: Eleições 2004/Campanha: Artistas ajudam PT a ter sede de R$ 15 mi
Próximo Texto: Serra faz campanha, mas longe de seu vice
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.