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PERFIL
Tarso já foi prefeito de Porto Alegre
DA REDAÇÃO
Tarso Fernando Herz Genro
nasceu em São Borja (RS), terra
de Getúlio Vargas, entre a primeira e a segunda passagem do conterrâneo pela presidência, em
março de 1947. O novo presidente
do PT começou sua atividade política em 1968 elegendo-se vereador pelo MDB em Santa Maria
(RS), cidade onde se graduou em
direito.
Em 1986, candidatou-se a deputado federal pelo PT, mas acabou
como suplente, com 48 mil votos.
Em 1988, compôs como vice de
Olívio Dutra a chapa que levou o
PT a ocupar pela primeira vez a
Prefeitura de Porto Alegre, dando
início a uma série de quatro mandatos do partido na cidade.
Em 1990, se candidatou pela primeira vez a governador do Rio
Grande do Sul, ficando em quarto
lugar entre quatro candidatos.
Tarso regressou à vice-prefeitura e em 1992, se candidatou para
suceder Olívio Dutra. Foi eleito no
segundo turno, derrotando Cesar
Schirmer (PMDB) com 60% dos
votos. À frente da prefeitura, Tarso deu continuidade às políticas
de Dutra, principalmente o orçamento participativo, marca da
gestão petista na capital gaúcha.
Em 2000, voltou a se eleger prefeito de Porto Alegre, novamente
no segundo turno, quando obteve
63,5% dos votos e derrotou Alceu
Collares, para quem havia perdido a eleição para o governo em 90.
A vitória cacifou Tarso para disputar com Olívio Dutra as prévias
para a candidatura petista para o
governo do Rio Grande do Sul.
Tarso venceu e tirou de Dutra o
direito de disputar a reeleição.
Foi surpreendentemente derrotado, no entanto, no 2º turno por
Germano Rigotto (PMDB), que
no início da campanha aparecia
em terceiro lugar, atrás do ex-governador Antônio Britto.
Sem cargo eletivo, Tarso foi escolhido pelo presidente Lula para
comandar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social,
função na qual ficou até o início
de 2004, quando Lula fez a sua
primeira reforma ministerial.
Tarso assumiu então o Ministério da Educação, em substituição
a Cristovam Buarque. Em pouco
mais de um ano do cargo, teve como principais realizações a criação do Prouni, um programa para
criar vagas públicas nas universidades particulares, e o envio ao
congresso do projeto do Fundeb
(Fundo de Desenvolvimento do
Ensino Básico).
A escolha de Tarso para a presidência do PT se enquadraria na
estratégia de "despaulistizar" o
partido. Antes de Genoino, os
paulistas já comandavam o PT
com José Dirceu e o próprio Lula.
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