São Paulo, terça-feira, 10 de julho de 2007

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Juiz do DF vê indícios contra suplente de Roriz

Advogado de Gim Argello (PTB) nega envolvimento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Há indícios de envolvimento de Gim Argello, suplente de Joaquim Roriz (PMDB-DF), com o esquema de desvio de verbas identificado na Operação Aquarela, segundo o juiz Roberval Belinati, da 1ª Vara Criminal do Distrito Federal, que acompanha o caso.
A avaliação é baseada na gravação de uma conversa telefônica em que uma pessoa não-identificada cita o nome de Argello como um dos participantes do suposto esquema, que teria resultado num desvio de R$ 50 milhões do BRB (banco oficial do Distrito Federal).
Vice-presidente do PTB, ele tem direito a assumir a vaga aberta no Senado com a renúncia de Roriz, na última quarta.
"Apareceu o nome de Gim Argello em uma escuta telefônica da investigação Aquarela. Essa menção é juridicamente um indício de envolvimento, mas neste momento não posso ainda fazer nenhum juízo de valor sobre a participação dele nas denúncias", afirmou.
Os advogados de Argello admitem que ele intermediou a negociação para a venda de um terreno de Brasília que se valorizou cerca de R$ 72 milhões em apenas um ano e que teria sido adquirido por Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol. Mas dizem que ele não tem relação nenhuma com as acusações da Aquarela. "Ele [Argello] não tem nada a ver com a Operação Aquarela, está fora disso", disse Maurício Corrêa.
Para o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), membro do Conselho de Ética, Argello não resiste a uma investigação do Senado. "Se ele abrir a boca está perdido, porque vai ter que mentir. Não resiste a uma entrevista", disse Demóstenes. Mentir é quebra de decoro e está sujeito a perda de mandato.


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