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Juiz do DF vê indícios contra suplente de Roriz
Advogado de Gim Argello (PTB) nega envolvimento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Há indícios de envolvimento
de Gim Argello, suplente de
Joaquim Roriz (PMDB-DF),
com o esquema de desvio de
verbas identificado na Operação Aquarela, segundo o juiz
Roberval Belinati, da 1ª Vara
Criminal do Distrito Federal,
que acompanha o caso.
A avaliação é baseada na gravação de uma conversa telefônica em que uma pessoa não-identificada cita o nome de Argello como um dos participantes do suposto esquema, que teria resultado num desvio de
R$ 50 milhões do BRB (banco
oficial do Distrito Federal).
Vice-presidente do PTB, ele
tem direito a assumir a vaga
aberta no Senado com a renúncia de Roriz, na última quarta.
"Apareceu o nome de Gim
Argello em uma escuta telefônica da investigação Aquarela.
Essa menção é juridicamente
um indício de envolvimento,
mas neste momento não posso
ainda fazer nenhum juízo de
valor sobre a participação dele
nas denúncias", afirmou.
Os advogados de Argello admitem que ele intermediou a
negociação para a venda de um
terreno de Brasília que se valorizou cerca de R$ 72 milhões
em apenas um ano e que teria
sido adquirido por Nenê Constantino, presidente do Conselho de Administração da Gol.
Mas dizem que ele não tem relação nenhuma com as acusações da Aquarela. "Ele [Argello]
não tem nada a ver com a Operação Aquarela, está fora disso", disse Maurício Corrêa.
Para o senador Demóstenes
Torres (DEM-GO), membro do
Conselho de Ética, Argello não
resiste a uma investigação do
Senado. "Se ele abrir a boca está
perdido, porque vai ter que
mentir. Não resiste a uma entrevista", disse Demóstenes.
Mentir é quebra de decoro e está sujeito a perda de mandato.
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