São Paulo, sexta, 10 de julho de 1998

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Energética do PA é vendida por R$ 450 mi

ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio

O mesmo consórcio que comprou a Cemat (Centrais Elétricas Mato-Grossenses) em novembro do ano passado adquiriu ontem a Celpa (Centrais Elétricas do Pará), por R$ 450,264 milhões.
Formado pelos grupos Rede e Inepar, o consórcio foi o único a concorrer no leilão, realizado na Bolsa de Valores do Rio.
A primeira privatização do Pará teve ágio de R$ 960 acima do preço mínimo. Em pouco mais de dois minutos, foi vendido o controle acionário da Celpa (um lote de 54,98% de ações ordinárias -com direito a voto).
A holding controladora da Celpa, que continua tendo a Eletrobrás como sócia (com 38% do capital), deverá ser batizada de Vale-Inepar. Os grupos Rede e Inepar, que juntos já faturam R$ 2 bilhões por ano (incluindo a Celpa), querem investir R$ 110 milhões até o fim de 1999 na empresa.
Eles têm o compromisso de levar energia elétrica aos 20 municípios do Pará ainda não atendidos, entre outras metas.
Somam-se à injeção de recursos privados mais R$ 100 milhões do próprio governo para este ano.
A arrecadação total do leilão poderá chegar a R$ 480 milhões, se somada a oferta aos empregados.
A única dívida que o governo paraense pretende saldar com o dinheiro do leilão é o empréstimo de R$ 70 milhões, dado como antecipação de privatização pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O governo pretende investir R$ 400 milhões em obras de infra-estrutura, nas áreas de agroindústria, mineração e turismo.
A Celpa tem 800 mil consumidores, a maioria residenciais, e um faturamento anual de R$ 400 milhões. Atua em um mercado que cresce 10% ao ano, exibindo perdas de energia de 30% das vendas.
A meta dos novos donos é baixar a margem de perdas para 13%, segundo o presidente do grupo Rede, Jorge Queiroz Moraes Júnior.



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