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Energética do
PA é vendida
por R$ 450 mi
ISABEL CLEMENTE
da Sucursal do Rio
O mesmo consórcio que comprou a Cemat (Centrais Elétricas
Mato-Grossenses) em novembro
do ano passado adquiriu ontem a
Celpa (Centrais Elétricas do Pará),
por R$ 450,264 milhões.
Formado pelos grupos Rede e
Inepar, o consórcio foi o único a
concorrer no leilão, realizado na
Bolsa de Valores do Rio.
A primeira privatização do Pará
teve ágio de R$ 960 acima do preço
mínimo. Em pouco mais de dois
minutos, foi vendido o controle
acionário da Celpa (um lote de
54,98% de ações ordinárias -com
direito a voto).
A holding controladora da Celpa, que continua tendo a Eletrobrás como sócia (com 38% do capital), deverá ser batizada de Vale-Inepar. Os grupos Rede e Inepar, que juntos já faturam R$ 2 bilhões por ano (incluindo a Celpa),
querem investir R$ 110 milhões até
o fim de 1999 na empresa.
Eles têm o compromisso de levar
energia elétrica aos 20 municípios
do Pará ainda não atendidos, entre outras metas.
Somam-se à injeção de recursos
privados mais R$ 100 milhões do
próprio governo para este ano.
A arrecadação total do leilão poderá chegar a R$ 480 milhões, se
somada a oferta aos empregados.
A única dívida que o governo paraense pretende saldar com o dinheiro do leilão é o empréstimo de
R$ 70 milhões, dado como antecipação de privatização pelo BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O governo pretende investir R$
400 milhões em obras de infra-estrutura, nas áreas de agroindústria, mineração e turismo.
A Celpa tem 800 mil consumidores, a maioria residenciais, e um
faturamento anual de R$ 400 milhões. Atua em um mercado que
cresce 10% ao ano, exibindo perdas de energia de 30% das vendas.
A meta dos novos donos é baixar
a margem de perdas para 13%, segundo o presidente do grupo Rede, Jorge Queiroz Moraes Júnior.
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