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Ciro descarta alianças
da Sucursal de Brasília
Está cada vez mais difícil
para a oposição ao presidente FHC levar adiante a
idéia de uma aliança de centro-esquerda na eleição de
1988, concluíram o ex-governador e tucano dissidente Ciro Gomes e políticos do
PPS, reunidos ontem.
"No curto prazo, as
chances de uma opção ao
neoliberalismo vingar é nula ou próxima a nula: só haveria possibilidade hoje
com uma aliança que não
estou vendo acontecer",
avaliou Ciro Gomes. "Pelo
que eu estou vendo, vou votar em branco", completou.
Ciro é cogitado como um
dos potenciais candidatos à
presidência de uma eventual aliança, tem percorrido
o país com críticas ao governo FHC, mas ainda não
deixou o PSDB (partido do
presidente).
"Estou muito aborrecido
com a falta de coerência
programática do partido. É
preciso interromper o fluxo
fisiológico, senão eu vou
embora", disse.
Ciro Gomes foi ainda
mais crítico em relação ao
comportamento da esquerda. Disse que a principal
força política da esquerda,
o PT, está "retrocedendo
anos-luz" por causa das brigas internas e que a hipótese
de um acordo de centro-esquerda é remota.
No entanto, a idéia de
uma candidatura de centro-esquerda não foi descartada na reunião de Ciro
com filiados do PPS, entre
eles o ministro de Política
Fundiária, Raul Jungmann.
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