São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997.



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Ciro descarta alianças

da Sucursal de Brasília

Está cada vez mais difícil para a oposição ao presidente FHC levar adiante a idéia de uma aliança de centro-esquerda na eleição de 1988, concluíram o ex-governador e tucano dissidente Ciro Gomes e políticos do PPS, reunidos ontem.
"No curto prazo, as chances de uma opção ao neoliberalismo vingar é nula ou próxima a nula: só haveria possibilidade hoje com uma aliança que não estou vendo acontecer", avaliou Ciro Gomes. "Pelo que eu estou vendo, vou votar em branco", completou.
Ciro é cogitado como um dos potenciais candidatos à presidência de uma eventual aliança, tem percorrido o país com críticas ao governo FHC, mas ainda não deixou o PSDB (partido do presidente).
"Estou muito aborrecido com a falta de coerência programática do partido. É preciso interromper o fluxo fisiológico, senão eu vou embora", disse.
Ciro Gomes foi ainda mais crítico em relação ao comportamento da esquerda. Disse que a principal força política da esquerda, o PT, está "retrocedendo anos-luz" por causa das brigas internas e que a hipótese de um acordo de centro-esquerda é remota.
No entanto, a idéia de uma candidatura de centro-esquerda não foi descartada na reunião de Ciro com filiados do PPS, entre eles o ministro de Política Fundiária, Raul Jungmann.



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