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MEMÓRIA
Partido viu vitória da "agiotagem" em indicação para BC
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o PT tem respeito por Armínio Fraga atualmente, era só
farpas no início de 1999, quando o ex-funcionário do norte-americano George Soros
-megainvestidor para alguns,
megaespeculador para outros- foi indicado para a presidência do Banco Central.
Em 2 de fevereiro daquele
ano, o hoje presidenciável Luiz
Inácio Lula da Silva classificou
a nomeação de Armínio para
presidir o BC como a "subordinação total, concreta do país à
agiotagem internacional".
"Fernando Henrique Cardoso está comprometendo nossa
soberania. O Senado deve rejeitar a indicação se tiver um mínimo de juízo", disse Lula.
Porta-voz econômico do partido, o deputado Aloizio Mercadante foi irônico na época.
"A escolha mostra que o ataque
especulativo foi tão bem sucedido que, além de derrubar a
moeda, os especuladores ocuparam o Banco Central", disse,
referindo-se à indicação.
Outra economista do partido, a ex-deputada federal Maria da Conceição Tavares foi
cáustica: "Entregaram o galinheiro à raposa".
Já o deputado federal José
Genoino, hoje candidato ao governo de São Paulo, apontou
"promiscuidade generalizada".
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