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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS
Lúcio Alcântara está à frente de Cid Gomes no Ceará, com 44% dos votos
Irmão de Ciro tem 35% da preferência e vai melhor entre mais escolarizados
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
A primeira pesquisa Datafolha sobre a disputa pelo governo do Ceará mostra o candidato
à reeleição Lúcio Alcântara
(PSDB) à frente, com 44% das
intenções de votos, seguido de
Cid Gomes (PSB), com 35%.
Ao considerar só votos válidos -descontados brancos, nulos e os eleitores indecisos-,
Lúcio fica com 52% e Cid, com
41%. Como a margem de erro é
de 3 pontos percentuais, para
mais ou para menos, não é possível dizer se a eleição seria definida no primeiro turno.
"Como é uma disputa polarizada, as mudanças são mais intensas, já que a transferência de
votos de um para outro, quando
o eleitor decide mudar, é automática", disse o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.
Os demais candidatos aparecem bem atrás: Renato Roseno
(PSOL) tem 2%, e os outros
-José Maria de Melo (PL), Salete Maria (PCO) e Horácio
Gondim (PSDC)- têm 1% cada.
Votos brancos e nulos somam
5% e 12% afirmaram estar indecisos. Segundo a pesquisa,
71% dos eleitores entrevistados
disseram estar totalmente decididos e 27% disseram que podem trocar de candidato ao governo. A pesquisa, registrada
no TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) do Ceará com o número 15.546/2006, foi feita pelo Datafolha em parceria com o
jornal "O Povo" e a TV Jangadeiro, retransmissora do SBT
no Ceará. Foram ouvidas 834
pessoas, em 7 e 8 de agosto, em
42 municípios do Estado.
Na simulação de segundo
turno entre Lúcio e Cid, o tucano também ficaria à frente,
com 50% dos votos, contra 43%
do opositor. Cid vai melhor entre os mais escolarizados
-41%, contra 34% de Lúcio-, e
entre quem ganha mais de 10
salários mínimos -61%, contra
33%. Lúcio aparece à frente em
todas as demais categorias salariais e de escolaridade.
Para chegar aos mais pobres,
Cid busca colar sua imagem à
do irmão, Ciro Gomes, candidato a deputado federal pelo
PSB, e à do presidente Lula.
Lúcio não conta com o apoio
do principal cabo eleitoral de
seu partido, Tasso Jereissati.
Para superar a ausência, enfatiza os próprios feitos. Segundo o
Datafolha, o governo de Lúcio é
considerado ótimo ou bom por
46% dos entrevistados, regular
por 37% e ruim ou péssimo por
13%.
(KAMILA FERNANDES)
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