São Paulo, quinta-feira, 10 de agosto de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / ESTADOS

Lúcio Alcântara está à frente de Cid Gomes no Ceará, com 44% dos votos

Irmão de Ciro tem 35% da preferência e vai melhor entre mais escolarizados

DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA

A primeira pesquisa Datafolha sobre a disputa pelo governo do Ceará mostra o candidato à reeleição Lúcio Alcântara (PSDB) à frente, com 44% das intenções de votos, seguido de Cid Gomes (PSB), com 35%.
Ao considerar só votos válidos -descontados brancos, nulos e os eleitores indecisos-, Lúcio fica com 52% e Cid, com 41%. Como a margem de erro é de 3 pontos percentuais, para mais ou para menos, não é possível dizer se a eleição seria definida no primeiro turno.
"Como é uma disputa polarizada, as mudanças são mais intensas, já que a transferência de votos de um para outro, quando o eleitor decide mudar, é automática", disse o diretor do Datafolha, Mauro Paulino.
Os demais candidatos aparecem bem atrás: Renato Roseno (PSOL) tem 2%, e os outros -José Maria de Melo (PL), Salete Maria (PCO) e Horácio Gondim (PSDC)- têm 1% cada. Votos brancos e nulos somam 5% e 12% afirmaram estar indecisos. Segundo a pesquisa, 71% dos eleitores entrevistados disseram estar totalmente decididos e 27% disseram que podem trocar de candidato ao governo. A pesquisa, registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Ceará com o número 15.546/2006, foi feita pelo Datafolha em parceria com o jornal "O Povo" e a TV Jangadeiro, retransmissora do SBT no Ceará. Foram ouvidas 834 pessoas, em 7 e 8 de agosto, em 42 municípios do Estado.
Na simulação de segundo turno entre Lúcio e Cid, o tucano também ficaria à frente, com 50% dos votos, contra 43% do opositor. Cid vai melhor entre os mais escolarizados -41%, contra 34% de Lúcio-, e entre quem ganha mais de 10 salários mínimos -61%, contra 33%. Lúcio aparece à frente em todas as demais categorias salariais e de escolaridade.
Para chegar aos mais pobres, Cid busca colar sua imagem à do irmão, Ciro Gomes, candidato a deputado federal pelo PSB, e à do presidente Lula.
Lúcio não conta com o apoio do principal cabo eleitoral de seu partido, Tasso Jereissati. Para superar a ausência, enfatiza os próprios feitos. Segundo o Datafolha, o governo de Lúcio é considerado ótimo ou bom por 46% dos entrevistados, regular por 37% e ruim ou péssimo por 13%. (KAMILA FERNANDES)


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