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Doador quer se sentir íntimo
da Reportagem Local
O doador mais exigente, segundo os tesoureiros das campanhas
ao governo de São Paulo, é o que
condiciona a entrega do cheque a
um encontro ou pelo menos um
telefonema do próprio candidato.
"É uma forma de se sentir prestigiado", diz o economista Inocêncio Paula Pereira, da equipe
responsável pela coleta de recursos para o tucano Mário Covas.
O diálogo com o próprio candidato também sempre foi visto como uma forma de comprometer o
político para possíveis barganhas
depois das eleições.
Segundo Pereira, os doadores
estão cautelosos e ainda esperam
uma definição melhor da disputa
para o governo paulista. "Há
muita promessa de colaboração",
diz. "Convencemos pela ética e
seriedade do nosso candidato."
Líder até o momento nas pesquisas, Francisco Rossi (PDT) começa a atrair muitas doações de empresas de pequeno e médio porte.
"Realmente não temos tido dificuldades", diz o coordenador da
campanha, Fernando Fantauzzi.
Para a equipe que ajuda Paulo
Maluf (PPB) a buscar recursos, a
avaliação é que o candidato não
terá a mesma fartura de campanhas anteriores. "Ainda estamos
montando a nossa máquina", diz
o tesoureiro do partido, Jorge Yunes. "Os amigos choram, mas
sempre ajudam."
Paulo Frateschi, que coordena a
coleta de Marta Suplicy (PT), tem
apostado em jantares. Os empresários colaboram ao pagar pelo
convite.
(XS)
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