São Paulo, segunda, 10 de agosto de 1998

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Doador quer se sentir íntimo

da Reportagem Local

O doador mais exigente, segundo os tesoureiros das campanhas ao governo de São Paulo, é o que condiciona a entrega do cheque a um encontro ou pelo menos um telefonema do próprio candidato.
"É uma forma de se sentir prestigiado", diz o economista Inocêncio Paula Pereira, da equipe responsável pela coleta de recursos para o tucano Mário Covas.
O diálogo com o próprio candidato também sempre foi visto como uma forma de comprometer o político para possíveis barganhas depois das eleições.
Segundo Pereira, os doadores estão cautelosos e ainda esperam uma definição melhor da disputa para o governo paulista. "Há muita promessa de colaboração", diz. "Convencemos pela ética e seriedade do nosso candidato."
Líder até o momento nas pesquisas, Francisco Rossi (PDT) começa a atrair muitas doações de empresas de pequeno e médio porte. "Realmente não temos tido dificuldades", diz o coordenador da campanha, Fernando Fantauzzi.
Para a equipe que ajuda Paulo Maluf (PPB) a buscar recursos, a avaliação é que o candidato não terá a mesma fartura de campanhas anteriores. "Ainda estamos montando a nossa máquina", diz o tesoureiro do partido, Jorge Yunes. "Os amigos choram, mas sempre ajudam."
Paulo Frateschi, que coordena a coleta de Marta Suplicy (PT), tem apostado em jantares. Os empresários colaboram ao pagar pelo convite. (XS)


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