São Paulo, segunda-feira, 10 de setembro de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br 25ª hora
Aliados e adversários de Renan Calheiros enxergam
um contingente de aproximadamente dez colegas que
tenderiam a se sensibilizar e votar contra a cassação
de seu mandato caso ele fizesse o gesto de renunciar à
presidência do Senado antes da sessão de quarta-feira. Cesar Borges (DEM-BA) e Mão Santa (PMDB-PI),
por exemplo, aventaram essa possibilidade em discursos e apartes no plenário. Como todas as estimativas indicam placar apertado, não é uma opção para jogar fora. De todo modo, dizem os mais próximos, Renan só tomaria esse atalho no dia D, na hipótese de
suas previsões indicarem derrota. "A presidência só
serve para ele se tiver certeza de que se salva", raciocina um dos senadores mais enfronhados no processo. ...e operante. Com a discreta pressão de Ciro e do relator Renato Casagrande (ES), o pessebista Antonio Carlos Valadares (SE), sempre incluído no bloco pró-Renan, teria se convertido. Detector. Em tempo de vazamentos multimídia, aliados de Renan querem apresentar uma questão de ordem para que os senadores tenham de desligar seus celulares na sessão secreta de quarta-feira. Gravadores e câmeras digitais também seriam proibidos. Caso perdido. Gerson Camata (PMDB-ES), que já era tido como voto anti-Renan, tomou um chá de cadeira de um assessor de Dilma Rousseff, dias atrás, e foi embora da Casa Civil sem ser atendido. Antes, na condição de coordenador da bancada capixaba, passara meses tentando, sem sucesso, marcar uma audiência com a própria ministra para tratar da obra no aeroporto de Vitória. Agora não pára mais de falar mal do governo. Hóspede. Luiz Pagot, que há meses espera sua nomeação para o Dnit ser aprovada pelo Senado, virou uma espécie de morador da Casa. Ao vê-lo pela enésima vez na semana passada, um senador comentou: "Lá vem o Tom Hanks do filme "O Terminal'".
São Nunca. Em uma de
suas rondas, quando alguém
lhe perguntou quando a indicação seria votada, Pagot respondeu, cabisbaixo: "Quem
sabe amanhã... Na semana
que vem... Ou na próxima...". Cédula. Plano de vôo esboçado por FHC em conversa recente: Alckmin para prefeito e Serra para presidente, com Aécio de vice. Guerra santa. Sua eventual candidatura a prefeito será anunciada só no segundo trimestre de 2008, mas, por via das dúvidas, Alckmin vai fazendo pré-campanha nas igrejas paulistanas. A cada domingo, ele assiste à missa em um bairro da periferia. Equilibrista 1. O acordo entre Sérgio Cabral e Cesar Maia para que o candidato de ambos no Rio fosse Régis Fichtner, secretário de Governo, já estava avançado quando o governador avisou ao prefeito que não poderia "dispor" de seu auxiliar.
Equilibrista 2. Lula teria
vetado o acerto, no qual
Fichtner trocaria o PMDB pelo DEM para concorrer à sucessão de Cesar. Cabral, que
precisa demais do Planalto,
mas quer o apoio do atual prefeito para se reeleger em
2010, buscou tranqüilizá-lo
dizendo que, apesar do problema com Fichtner, está "absolutamente de acordo" com
a coligação em 2008. Do deputado SILVIO TORRES (PSDB-SP) sobre a visita "de solidariedade" do ministro da Defesa a Renan Calheiros, cujo pedido de cassação será votado pelo plenário do Senado na quarta-feira. Contraponto Optei
Em 1989, os deputados estaduais do Rio Grande do Sul
elaboravam a Constituição do Estado quando o parlamentar Mendes Ribeiro Filho (PMDB), relator da Carta gaúcha, decidiu incluir na abertura do texto a tradicional invocação a Deus. A bancada petista protestou de imediato.
Sob o argumento de que a referência atentava contra o
caráter laico do Estado, seus deputados defenderam enfaticamente a supressão do trecho. |
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