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Jarbas afirma que não vai disputar prévias
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governador de Pernambuco,
Jarbas Vasconcelos (PMDB), afirmou ontem que não disputará as
prévias do partido para a escolha
do candidato à Presidência da República, marcada para o dia 20 de
janeiro de 2002.
A decisão do governador ocorreu um dia depois de o governador de Minas Gerais, Itamar Franco, confirmar sua permanência
no PMDB. Itamar -que defende
o rompimento do partido com a
base governista- quer se viabilizar como o pré-candidato à Presidência da ala dos "descontentes"
com a atual situação do PMDB.
Segundo Jarbas, disputar as prévias seria contrário à tese que
sempre defendeu, de manutenção
da coligação, com a escolha de um
candidato único entre os aliados.
Jarbas condicionava pré-candidatura a uma unidade dos partidos
(PSDB, PMDB e PFL) que compõem, hoje, a base de apoio a
FHC. O governador criticou a falta de entendimento no PMDB,
que está dividido entre o apoio ou
não ao governo federal. "Pelos indícios que tenho, vai se dar o partido a Itamar", disse ele.
Jarbas não aceita que a escolha
de apoiar ou não o governo esteja
vinculada à disputa interna para a
definição do candidato peemedebista à sucessão de FHC.
Para ele, o PMDB ainda tem
tempo de procurar um "entendimento" interno e com os aliados.
Itamar
Itamar Franco confirmou anteontem a sua permanência no
PMDB com uma nota enigmática.
"Continuo onde estava, o que significará uma profunda alteração
na minha conduta a partir de agora", diz a nota sem entrar em detalhes. Até o último momento do
prazo que tinha para trocar de
partido, ele manteve o suspense se
trocaria de legenda.
Suas idas e vindas e a difícil relação que mantém com a cúpula do
partido fizeram com que ele ficasse de fora do programa nacional
de TV da legenda, com duração
de 20 minutos, que irá ao ar na
próxima quinta-feira.
Na semana passada, Itamar recusou o texto levado a ele pelo
marqueteiro Edson Barbosa. Disse que queriam transformá-lo em
"menino de recados" da prévia.
Serra
Um dia após o governador do
Ceará, Tasso Jereissati (PSDB),
admitir que já trabalha para viabilizar sua candidatura à Presidência da República, o ministro da
Saúde e também presidenciável
tucano, José Serra, afirmou que é
candidato a, "no mínimo", uma
vaga no Senado.
"O cargo ainda não sei, vou ver
no ano que vem, mas disputarei
[a eleição", com toda a certeza",
declarou ontem o ministro, em
Cabo de Santo Agostinho, município da Grande Recife escolhido
para o lançamento do programa
Bolsa-Alimentação em Pernambuco. Em seu discurso, Serra declarou que os programas de saúde
que lançava não tinham "cor partidária" e que, no governo, tinha
militância bipartidária. Em seguida, ergueu uma criança e beijou
sua testa em frente aos fotógrafos.
A platéia, formada por cerca de
500 pessoas, aplaudiu.
Colaborou a Agência Folha, em Pernambuco
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