São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2001

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QUESTÃO AGRÁRIA

Eles decidiram permanecer em auditório ao fim de evento

Sem-terra ocupam Senado após ato

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Reunidos ontem no auditório Petrônio Portela, do Senado, para participar do Tribunal Popular da Reforma Agrária, centenas de trabalhadores rurais, incluindo integrantes do MST, realizaram uma assembléia e decidiram permanecer no local até que o governo retome as negociações de sua pauta de reivindicações.
Até o início da noite, nenhum representante do governo havia aparecido para negociar, e os trabalhadores ameaçavam passar a noite no auditório do Senado.
"Não ocupamos. Estaremos em vigília permanente nesse prédio, que é o prédio do povo. Essa é a única linguagem que o governo entende", afirmou Gilmar Mauro, líder do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). De acordo com os próprios trabalhadores rurais, os manifestantes eram cerca de 600.
Segundo Mauro, as principais reivindicações são: terra para as 85 mil famílias acampadas, crédito agrário, renegociação das dívidas dos pequenos agricultores e liberação dos convênios já assinados entre Ministério do Desenvolvimento Agrário e Incra.
O tribunal foi realizado pelo Fórum de Entidades pela Reforma Agrária e pela OAB-DF.


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