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Eleição para a ABL foi polêmica
DO BANCO DE DADOS
A escolha Roberto de Oliveira
Campos para a cadeira n.º 21 da
Academia Brasileira de Letras, em
outubro de 1999, foi uma das mais
polêmicas da história da entidade.
Sua escolha para a cadeira antes
ocupada pelo dramaturgo Dias
Gomes dividiu os acadêmicos.
Um grupo, formado por Barbosa
Lima Sobrinho, Celso Furtado e
João Ubaldo Ribeiro, se opôs à
sua eleição. A mulher de Dias Gomes, Bernadeth Lyzio, ameaçou
transferir o corpo do marido do
mausoléu da ABL por sua causa.
Durante a polêmica criada por
sua candidatura à ABL, disse que
as "esquerdas queriam criar uma
reserva de mercado" para as vagas que surgissem na academia.
Natural de Cuiabá (MT), onde
nasceu em 17 de abril de 1917,
Campos sempre despertou reações: "Sou um homem controverso, não sou homem de unanimidades". Mordaz e ótimo frasista,
em 1997 ele autonomeou-se "advogado de defesa de Fernando
Henrique", contra a acusação de
que o presidente seria neoliberal.
Ele sustentou na época que FHC
ainda tinha "sotaque socialista".
Era grande admirador da ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher e do economista
austríaco Friedrich von Hayek
(1899-1992), ganhador do Prêmio
Nobel de Economia de 1974.
Campos escreveu mais de 20 livros. Em 1994, lançou "Lanterna
na Popa", livro de memórias, e,
em 1996, "Antologia do Bom Senso", obra que lhe valeu o prêmio
Jabuti de Livro do Ano de Não-Ficção (1997). Era colunista da
Folha desde dezembro de 1994.
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