São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2001

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Eleição para a ABL foi polêmica

DO BANCO DE DADOS

A escolha Roberto de Oliveira Campos para a cadeira n.º 21 da Academia Brasileira de Letras, em outubro de 1999, foi uma das mais polêmicas da história da entidade.
Sua escolha para a cadeira antes ocupada pelo dramaturgo Dias Gomes dividiu os acadêmicos. Um grupo, formado por Barbosa Lima Sobrinho, Celso Furtado e João Ubaldo Ribeiro, se opôs à sua eleição. A mulher de Dias Gomes, Bernadeth Lyzio, ameaçou transferir o corpo do marido do mausoléu da ABL por sua causa.
Durante a polêmica criada por sua candidatura à ABL, disse que as "esquerdas queriam criar uma reserva de mercado" para as vagas que surgissem na academia.
Natural de Cuiabá (MT), onde nasceu em 17 de abril de 1917, Campos sempre despertou reações: "Sou um homem controverso, não sou homem de unanimidades". Mordaz e ótimo frasista, em 1997 ele autonomeou-se "advogado de defesa de Fernando Henrique", contra a acusação de que o presidente seria neoliberal. Ele sustentou na época que FHC ainda tinha "sotaque socialista".
Era grande admirador da ex-primeira-ministra britânica Margareth Thatcher e do economista austríaco Friedrich von Hayek (1899-1992), ganhador do Prêmio Nobel de Economia de 1974.
Campos escreveu mais de 20 livros. Em 1994, lançou "Lanterna na Popa", livro de memórias, e, em 1996, "Antologia do Bom Senso", obra que lhe valeu o prêmio Jabuti de Livro do Ano de Não-Ficção (1997). Era colunista da Folha desde dezembro de 1994.


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