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Vistoria de Alckmin vira ato eleitoral
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Correligionários de Geraldo
Alckmin (PSDB) transformaram
ontem, pela primeira vez nesta
campanha, um compromisso do
governador de São Paulo em um
evento eleitoral.
Em mais uma vistoria a obras
do Estado, dessa vez em Sorocaba, tradicional reduto tucano,
Alckmin se encontrou com líderes políticos, fez promessas e divulgou ações de seu governo.
Enquanto o governador dava
entrevistas e conversava com os
líderes regionais, panfletos da Juventude PSDB de Itapeva, pedindo votos para Alckmin e para o
presidenciável José Serra (PSDB),
eram distribuídos entre as cerca
de 200 pessoas presentes.
Há cerca de uma semana, em
atitude semelhante, a prefeita de
São Paulo, Marta Suplicy (PT),
pediu votos para seu partido ao
inaugurar um viaduto.
O governador foi a Sorocaba
vistoriar as obras de interligação
das rodovias Senador José Ermírio de Moraes e Raposo Tavares.
A previsão de inauguração da
obra é junho do ano que vem. O
ponto visitado ontem por Alckmin não tem asfalto e a conclusão
da interligação ainda depende de
um trecho a ser desapropriado.
"Vim exatamente para cobrar
que ande mais depressa", disse
Alckmin. O governador chegou
ao local por volta das 11h30 no helicóptero do Estado. Caminhou
cerca de 20 metros entre o ponto
de apoio montado pela concessionária responsável pela obra e um
viaduto. Em seguida, retornou
para falar com os jornalistas.
No total, a vistoria durou menos
de 15 minutos. Ao dar entrevista
para uma rádio local, o governador fez um balanço da ação do Estado na região e promessas para
um eventual novo governo.
Dois deputados eleitos pelo
PSDB -um estadual, outro federal- participaram do ato. Um
deles levou uma perua com adesivos de sua campanha.
Desde a última segunda-feira, o
governador vistoriou pelo menos
três obras que ainda estão em andamento, entre elas o Rodoanel
Mário Covas, que tem inauguração marcada para amanhã.
Alckmin está impedido pela lei
de participar de inaugurações. "É
uma pena. Acho injusto", disse
ele. O governo informou que não
vê irregularidades no evento e que
Alckmin orientou os correligionários a não distribuírem material de campanha.
Alckmin recebeu ontem o apoio
do PTB paulista e de parte da Força Sindical. Hoje, o PPS também
deve aderir à campanha do tucano. Ambos já haviam decidido
apoiar Alckmin no ano passado,
mas tiveram que recuar devido à
verticalização das coligações e
lançaram Antonio Cabrera.
Colaboraram JULIA DUAILIBI e LIEGE
ALBUQUERQUE, da Reportagem Local
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