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MATO GROSSO DO SUL
Partidos entram em desacordo com decisão nacional de apoio ao PT e declaram aliança com Marisa
PPS e PDT racham para apoiar tucana
FABIANO MAISONNAVE
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
Em desacordo com a decisão
nacional de apoio ao PT, o PPS e
parte do PDT de Mato Grosso do
Sul, que inclui o vice-governador
e candidato derrotado Moacir
Kohl (PDT), declararam ontem
apoio à candidatura de Marisa
Serrano (PSDB), 55.
Ela disputa o segundo turno
com o governador José Orcírio
Miranda dos Santos, o Zeca do
PT, 52. Tanto o PPS quanto o PDT
do Estado apóiam nacionalmente
o presidenciável Lula.
"Chegamos ao final de cabeças
erguidas e mãos muito limpas, o
que nos permite a manifestar o
meu apoio pessoal e de parte significativa do PDT à sua candidatura", declarou Kohl na coletiva.
Além de Marisa, estavam presentes o prefeito de Campo Grande, André Puccinelli (PMDB), a
presidente regional do PPS, Luiza
Ribeiro e lideranças regionais dos
partidos da Frente Trabalhista.
A decisão é mais um revés na
campanha de reeleição de Zeca do
PT. Depois da expectativa frustrada de vencer ainda no primeiro
turno, os petistas disputavam
com o PSDB o apoio da Frente
Trabalhista, que no Mato Grosso
do Sul excluiu o PTB.
Terceiro mais votado, com
5,25% dos votos válidos, Kohl se
candidatou pouco depois que o
PT rompeu uma "aliança branca"
que mantinha com PDT e PPS.
A avaliação é que, se Kohl não
tivesse se candidatado, o petista
teria vencido a eleição no primeiro turno. Zeca obteve 48,33% dos
votos válidos, seguido de perto
por Marisa, com 42,41%.
A decisão de Kohl deve acirrar o
racha no PDT estadual, já que
parte do partido apoiou Zeca no
primeiro turno. Mas Kohl disse
que "a executiva do PDT nos liberou para tomar nosso caminho".
Embora em escala menor, o PPS
também teve problemas no primeiro turno, quando dois prefeitos do partido deram apoio a Zeca
no primeiro turno. O caso está
sendo analisado por uma comissão do PPS, que oficializaria ontem à noite o apoio a Marisa.
Para o coordenador da campanha, Ronaldo Franco, a decisão de
Kohl não surpreendeu, por causa
da "radicalidade" que ocorreu
durante o primeiro turno. Ele disse que o PT dá como certo o apoio
supostamente oficial PDT hoje.
Franco disse que a estratégia
agora será "nacionalizar a eleição". "Será o 13 contra o 45."
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